O projeto é uma ação conjunta do governo federal e do governo do Pará, e foi desenvolvido pela Telebras e pela Prodepa, que vão dividir meio a meio a capacidade da rede de 10 Gbps expansíveis. Mas o objetivo é compartilhar a infraestrutura com operadoras e provedores regionais, informou Américo Bernardes, diretor de Inclusão Digital do MCTIC.
As obras estão estimadas em R$ 14 milhões – R$ 11 milhões na primeira fase, com a implantação da rede óptica, e R$ 3 milhões na segunda, com dois links de rádio de alta capacidade. E vão conectar a população dos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará, Vitória do Xingu e São Félix do Xingu, em uma das maiores regiões produtoras de cacau do país.
Segundo Bernardes, que participou da reunião de lançamento do projeto, “uma das maiores demandas de todos os prefeitos das comunidades daquela região é exatamente a melhoria do acesso à internet de banda larga e das comunicações de maneira geral”. Por isso mesmo, a implantação da infraestrutura de banda larga de alta capacidade foi incluida no Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, estabelecido por um comitê gestor que definiu onde deveriam ser aplicados os recursos das contrapartidas determinadas pelo governo Dilma Rousseff para investimentos regionais da Norte Energia.
Primeiros ramais
O backbone de fibra óptica da região do Xingu vai, em sua maior parte, ser todo construído pela Ômega, a empreiteira contratada pela Norte Energia, mas alguns ramais, segundo Bernardes, vão usar a rede da Eletronorte. Os dois primeiros ramais a entrar em operação em maio são os que ligam Altamira a Vitória do Xingu, e Altamira a Brasil Novo.
Segundo o diretor de Inclusão Digital do MCTIC, além da rede de fibra óptica, conectando todas as cidades que estão na Transamazônica, a infraestrutura envolve um projeto de rádio de alta capacidade para as cidades de Vitória do Xingu e Senador José Porfírio, que ficam na margem do rio. “A expectativa é de que em um ano toda essa infraestrutura esteja concluída, inclusive as redes metropolitanas nas cidades que estão envolvidas”, destacou.
De acordo com presidente da Telebras, Antônio Loss, o projeto vai permitir a conexão de banda larga com menor preço para a população e para as prefeituras. Ele apresentou aos prefeitos um vídeo da simulação do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), previsto para ser lançado na próxima terça-feira (21), na Guiana Francesa. “O satélite permitirá a cobertura de forma igual em todo o território brasileiro, sem exceção. Cada estação VSAT terá capacidade para 20 Mega”, disse.
A rede óptica vai atender a todas as sedes de municípios, mas a banda larga só vai chegar à zona rural por meio da comunicação via satélite. (Com assessoria de imprensa)