O advento do WiFi foi que levou as empresas de internet entrarem no mundo das telecomunicações e a alocação do espectro do 6 GHz, que permitirá aos ISPs ofertar uma qualidade de serviço semelhante à de uma rede nascente de 5G, vai provocar uma nova revolução na conexão à internet no interior do país. A afirmação do presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger, resume a importância que os provedores regionais dão à nova tecnologia.
Neger, que participou nesta terça-feira, 27, do workshop da Anatel sobre WiFi 6, disse que a grande expectativa dos ISPs é conseguir implantar a tecnologia o quanto antes, mas ainda dependem de equipamentos disponíveis. Ele citou dois casos de testes, um de uma distribuidora do Pará, que já conecta mais de 400 dispositivos em seu centro de logística, com ganhos de 20% na operação. O outro, de um provedor mineiro, que está conectando uma arena de futebol já com a WiFi 6E.
Além disse, Neger vê no WiFi 6E em aplicações outdoors o renascimento do uso do rádio para conectar à internet áreas remotas e de difícil acesso com fibra óptica, favorecendo a agricultura, especialmente, onde o custo de implantar redes tradicionais, com aluguel de postes, fica inviável.
“Há um entusiasmo dos provedores e muitos deles já estão encomendando os equipamentos, especialmente no interior do país, até para fazer frente ao marketing das operadoras móveis do 5G”, afirma Neger. Ele ressalta que esses operadores se prontificam a oferecer pontos de acessos de WiFi com velocidades superiores a que estão sendo ofertadas nas capitais com a tecnologia da quinta geração. “Tudo isso é muito benéfico para os usuários, que devem esperar alguns anos para a chegada do 5G no interior do país”, disse.
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