O CEO da companhia, Vanderlei Rigatieri, afirma que o momento é de crescer, mas em bases sustentáveis. A empresa planejava fazer uma oferta direta de ações (IPO), mas foi desincentivada em função da pandemia do novo coronavírus. A busca por um investidor foi a saída para manter o planejamento sólido da WDC.
Isto porque a empresa fornece produtos como serviços (tecnology as a service, na sigla em inglês) e necessita de um caixa reforçado para financiar redes e soluções dos clientes. “É um modelo que é bom para os dois lados, o cliente que não pode avançar em seus planos sem precisar desembolsar todo o recurso necessário de uma vez e para nós, que conseguimos captar mais interessados nos nossos serviços”, disse.
A aposta tem se mostrado acertada. Em março, a WDC faturou mais de R$ 80 milhões, um recorde para a empresa, e espera fechar o ano com vendas na casa de R$ 750 milhões. Para isso, além das soluções de redes de fibra óptica (caso fosse um provedor teria no mínimo três milhões de clientes, mais do que a Vivo, por exemplo), investiu em segurança, automação de residências e em energia solar.
“Estamos sempre atentos para ofertar condições aos provedores regionais, que hoje detêm mais de 13 milhões de clientes, a oferecerem mais serviços além da conectividade”, disse Rigatieri. Um ISP de Natal (RN), o WOW Telecom, já comprou a ideia e está oferecendo aos clientes do plano de 300 Mbps a Alexa de graça.
Junto com a Alexa, o cliente pode querer dispositivos de automação do ar condicionado ou da iluminação. Isso não é problema, a WDC é distribuidora oficial da Amazon e pode atender a esses pedidos. Para Rigatieri esse é um tipo de serviço que vai diferenciar um ISP de outro ou até de uma grande tele, que esteja de olho no crescimento significativo dos provedores regionais.