Após anunciar uma alta de lucro na casa de 89% no segundo trimestre de 2021, a WDC Networks prevê mais crescimento com o aluguel de tecnologia como serviço (TaaS), alta de backbone, recuperação do mercado corporativo, com o aumento da vacinação contra a Covid-19 e a possibilidade de fornecer produtos para grandes usinas de energia solar, após fechar parceria com a Huawei Solar. Porém, há uma preocupação, a dificuldade de obter insumos diante da escassez mundial. “Além da falta de chips, por exemplo, o preço do container marítimo subiu muito e essa situação deve se prolongar ao longo do ano”, afirmou o CEO da companhia, Vanderlei Rigatiere, em conferência com analistas nessa terça-feira, 17.
Rigatiere afirmou que os bons resultados vêm sendo sustentados na maior parte (58%) pela área de telecomunicações, com o aluguel de produtos tecnológicos, como data centers e redes. Segundo ele, a entrada das redes neutras e o movimento de consolidação no mercado de ISP têm repercutido positivamente na empresa. “Com a profissionalização dos pequenos provedores a venda de TaaS aumentou significativamente”, adianta.
Além disso, após a consolidação, é necessária a construção de um novo backbone para interligar as duas redes. Com isso, ressalta o CEO, a atuação da WDC entre ISPs aumentou a capilaridade e a empresa passou a ser responsável por 19% dos novos acessos em banda larga fixa, conforme números da Anatel. Ele afirma que o modelo de TaaS da companhia é muito atrativo aos provedores, o que facilita enfrentar a concorrência de grandes empresas como a Nokia, Huawei, Fiberhome, Connectoway, Agora Telecom e Padtec, entre outros.
A WDC Networks concluiu a IPO em julho, com arrecadação de R$ 450 milhões. “O reforço no caixa permitirá investimentos em novos produtos que serão oferecidos em breve”, afirma Rigatiere. E reforça: “Nossa filosofia de descomplicar a tecnologia e ser ágil estará presente nas nossas decisões.”
No Comment