A Vero registrou baixa de 55,1% em seu lucro líquido no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 8,3 milhões, em razão do “empenho direcionado aos nossos esforços operacionais e administrativos”, informou a empresa, em balanço financeiro divulgado na terça-feira, 12.
De todo modo, na mesma base de comparação, o provedor ampliou a receita em 2,1%, totalizando R$ 414,3 milhões. Em 12 meses até setembro, houve avanço de 3%, com a receita somando R$ 1,6 bilhão.
De acordo com Fabiano Ferreira, CEO da Vero, o desempenho foi puxado pela retomada de adições líquidas de clientes e pela elevação da receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês), que alcançou R$ 110, recorde para o período de julho a setembro. Vale lembrar que, em setembro, o provedor iniciou atividades em duas capitais, Belo Horizonte e Goiânia.
“Vale ressaltar o papel estratégico do nosso novo portfólio lançado no primeiro semestre do ano, que tem consistentemente contribuído para o excelente desempenho dos resultados. Muitos clientes estão migrando para os Serviços Digitais Premium de maior valor agregado, como Globoplay Completo, Premiere, Youtube Premium, entre outros, além de maiores velocidades, atendendo às demandas de um mercado cada vez mais competitivo e exigente”, afirma o executivo.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) somou R$ 215,8 milhões no terceiro trimestre, alta de 83,2% ante o mesmo período de 2023. A margem, no entanto, teve baixa de 1,2 ponto percentual, para 52,1%.
Segundo o provedor, no período de janeiro a setembro, as sinergias da fusão com a Americanet superaram em mais de 192% as metas previstas, especialmente em receita, custos, despesas e investimentos.
Vias adicionais de crescimento
No informe financeiro, Ferreira aponta que, além da banda larga, a Vero busca crescer na telefonia móvel, operação atualmente disponível em mais de 300 cidades e que deve chegar a 420 até agosto de 2025. O serviço celular já é utilizado por 14% da base de internet fixa.
“Seguiremos com o contínuo esforço de expandir nossa rede móvel, oferecendo serviços mais robustos, de maior qualidade e com melhor cobertura para clientes B2C e B2B”, reforça o CEO.
A empresa, que em outubro concluiu a captação de R$ 900 milhões por meio de debêntures, também planeja escalar a vertical de HaaS (Hardware as a Service) e avançar no segmento corporativo (B2B) para além de São Paulo e Centro-Oeste.
“Do lado das receitas, temos tido sucesso em aproveitar a complementariedade da nossa base de clientes e ampliar o portfólio de soluções da companhia”, pontua Ferreira.
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