Em live realizada na noite desta quarta-feira, 17, organizada pela Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet (Internetsul), especialistas do mercado brasileiro debateram sobre as experiências e perspectivas da inserção do serviço de telefonia móvel no mercado de provedores de Internet. Segundo especialistas, o novo modelo de negócio vem ganhando força no Brasil.
As Operadoras Móveis Virtuais (MVNO) oferecem o serviço de telefonia móvel terceirizando a infraestrutura de rede das grandes operadoras de telefonia, reduzindo o custo de operacionalização, com preços competitivos e planos customizados. O serviço já existe há 10 anos, porém ainda se encontra em processo de consolidação e enfrenta questionamentos quanto aos desafios enfrentados pelo serviço nas questões regulatórias e tributárias – principal ponto levantado na discussão, inclusive utilizando como parâmetro países da Europa que já utilizam a tecnologia há mais de 20 anos.
André Costa, diretor da Associação Brasileira de Internet (Abranet), falou sobre a questão da necessidade de adaptação tributária ao modelo de MVNO, reforçando a necessidade de um melhor diálogo com a Anatel. “A união das associações para levar os assuntos para a Anatel é essencial, sabemos das dificuldades quanto a insegurança jurídica no país e precisamos nos unir e formalizar os modelos necessários de tributação ao MVNO”, defendeu.
Os especialistas presentes discutiram sobre a crescente demanda pelos serviços de provedores de Internet. Com os consumidores se afastando cada vez mais das grandes operadoras, sendo isso reflexo do desejo do cliente por produtos e atendimento de maior qualidade, as operadoras virtuais utilizam disso para alcançar mais espaço e compensar deficiências deixadas pelas maiores empresas, com o diferencial de serem empresas mais regionalizadas.
A Use Telecom é exemplo de MVNO na Bahia, no qual comercializa Internet fixa (residencial e corporativa) e há um ano vem expandindo para esse tipo de serviço móvel. A empresa oferece ligações, SMS e opera sua própria banda de Internet, no qual já distribui esse serviço para outros estados e realiza licitações com instituições de ensino, como o caso do SESI/SENAI.
Sua recente inserção no mercado móvel incentivou parcerias relevantes, que a partir do seu produto de Internet puderam ser impulsionadas para a sociedade, como a colaboração com a expedição que mapeou a presença das baleias jubartes no Brasil em seu período de reprodução e a forma como a pandemia afetou sua trajetória, além do apoio a expedição do biólogo Richard Rasmussen pelo pantanal brasileiro, que sofreu bastante com as queimadas no fim do ano passado.
A Internet móvel utilizada pela Use Telecom provém, da Tascom Global Network (TGN), startup do setor de telefonia móvel sediada no parque tecnológico de Sergipe, que através do tipo de negócio B2B se relaciona com provedores através do suporte no fornecimento de uma estrutura completa e independente para o MVNO. Com seus produtos, oferece aos provedores consultoria jurídica e liberdade de criação de planos e serviços, no qual o provedor só paga o que for utilizado por seu cliente final, aplicativos personalizados para os clientes, dentre diversos outros suportes. (Com assessoria de imprensa)