Compradora de um dos lotes da faixa de 3,5 GHz no leilão do 5G, a Unifique reprovou a atitude da Claro, Telefônica e TIM de entrarem na justiça contra os valores de referência de roaming, estabelecidos pela Anatel. “Entendemos que foi precipitada por parte das big telcos a decisão de judicializar o tema. Uma vez que a Anatel tem trabalhado para desenvolver a indústria de telecomunicações brasileira com equilíbrio”, afirma a operadora, em nota divulgada nesta sexta-feira, 22.
O valor de referência do roaming foi estabelecido pela Anatel como um dos remédios para aprovação da venda da Oi Móvel para a Claro, Telefônica e TIM. Em entrevista ao Tele.Síntese ontem, o presidente da agência, Carlos Baigorri, afirmou que a desobediência a remédios pode levar a reavaliação da própria operação.
Segundo a Unifique, assim como as demais empresas regionais, tem um papel “importantíssimo” no processo de massificação do 5G. “Nós vivemos num país continental, com muitas diferenças entre suas diversas áreas. E as empresas regionais podem colaborar, e muito, preenchendo diversas lacunas que muitas vezes passam desapercebidas no mercado”, diz o ISP, na nota.
E cita que é obrigação das empresas regionais implantarem o 5G em todos os municípios do país com até 30 mil habitantes, justamente em locais que recebem menos atenção ou, no mínimo, a atenção chega com algum atraso.”O que estamos buscando é um mínimo de condições para podermos iniciar as operações, uma vez que iniciar uma cobertura do zero leva algum tempo”, ressalta.
– A implementação de um preço de atacado sustentável não configura subsídio, mas, sim, colaboração e compartilhamento, uma vez que tendo parte da cobertura realizada a Unifique se compromete a disponibilizá-la para a empresa prestadora de Serviço Móvel Pessoal (SMP) com a qual tiver acordo de roaming nas mesmas condições estabelecidas. Isso otimiza investimentos e, em última instância, beneficia o cliente”, afirma a operadora na comunicação.