No segundo dia do AGROtic 2021, um tema caro ao produtor rural voltou à mesa de debates: qual o benefício direto para o agricultor que investe em tecnologias de informação e comunicação?
Renato Bueno, diretor de novos negócios da Nokia no Brasil e representante da ConectarAGRO revelou detalhes de um estudo feito pela entidade sobre a eficiência obtida pelo produtor rural que investe em tecnologia. A ConectarAGRO é uma associação foi fundada em 2020 com o objetivo de promover e buscar modelos de negócios que levem conectividade para o campo.
“Analisamos os cinco casos mais comuns de uso: gestão de agroquímicos, gestão de combustíveis, gestão de pessoas, manutenção e segurança em uma fazenda de 1,5 mil hectares por um ano”, explicou.
Segundo o estudo, a gestão em tempo real da aplicação de defensivos agrícolas, evitando sobreposição e desperdício, leva a uma eficiência de 4% na aplicação de defensivos. Em lavouras de algodão, milho e soja, que têm gasto médio por ano de R$ 3 mil reais, significa R$ 184 mil de economia.
Segundo o estudo, a gestão em tempo real da aplicação de defensivos agrícolas, evitando sobreposição e desperdício, leva a uma eficiência de 4% na aplicação de defensivos. Em lavouras de algodão, milho e soja, que têm gasto médio por ano de R$ 3 mil reais, significa R$ 184 mil de economia.
“Quando a gente vai para combustíveis, o fato de controlar em tempo real a rotatividade da máquina, ar condicionado ou máquina ligada desnecessariamente, a gente tem uma economia que pode chegar a até 20%, mas consideramos na análise apenas 5% de eficiência, levando a R$ 27,8 mil de economia de combustível ao ano”, afirmou.
Na gestão de pessoas, o cálculo é de um ganho de 2% de produtividade, o que representa R$ 18 mil anuais. Aplicações de manutenção preditiva, que podem identificar desgaste de peças, de motores, e orientar a intervenção antes de o equipamento quebrar, traz 2% também de produtividade.
“E em segurança, a gente vive vandalismo, roubo no campo infelizmente. E monitorar isso com equipes, pode trazer redução de quase 50% dos gastos anuais com isso”, falou Bueno.
Em resumo, o estudo conclui que uma fazenda de 1,5 mil hectares do Mato Grosso, produtora de algodão, soja e milho, colhe economias anuais de R$ 266 mil. O que equivale a uma redução de custos média de R$ 177 por hectare por ano.