A base de TV paga está caindo mês a mês não apenas devido à forte crise econômica que assola o país, mas também a novas estratégias de algumas operadoras, como a Telefônica.
Os números do 2º trimestre demonstram e, na conferência com os analistas, Christian Gebara, Chief Revenue Officer (CRO), confirmou: “A estratégia de pay TV não conta mais com a comercialização do DTH stand alone”.A empresa já vende o serviço fora de São Paulo, à medida em que amplia a sua rede de fibra óptica. A intenção é ampliar para mais de 60 cidades este ano, mas o número pode diminuir se não se confirmar os investimentos negociados no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que prevê 11 cidades.
As razões para a operadora redirecionar a sua comercialização para os clientes que têm a rede de banda larga são justificadas pelos resultados obtidos neste trimestre. Embora tenha diminuído a sua base de clientes, a conta média do serviço de TV por assinatura aumentou, salienta a empresa.
Conforme os números apresentados, os acessos de TV por assinatura caíram 6,5% na comparação anual, e encerraram o 2T com 1, 647 milhão de assinantes e uma participação de mercado de 8,9% em maio. Mas os acessos de IPTV cresceram 65,4% e o Arpu aumentou 4,9%.
Os serviços de TV baseados em fibra óptica ainda têm uma pequena representatividade no mercado brasileiro. Conforme os últimos números da Anatel, são 10,792 milhões de assinantes de DTH; 7,62 milhões de cabo e apenas 218 mil de FTTH. A Telefônica tem 80% de seus clientes em DTH.
Empresa Digital
A Telefônica Vivo está consolidando também o posicionamento, tornando-se cada vez mais digital.
As receitas de dados e serviços digitais sobre a receita líquida do serviço móvel já representam 71,8%, crescimento de 14,9% em relação ao ano passado no mesmo período.
E as campanhas de estímulo ao uso dos canais digitais também têm gerado resultados positivos para a companhia. Conforme o balanço, o e-billing cresceu 12% ano/ano e 70% dos novos clientes de pós-pagos adotam a conta digital. 27% das vendas premium ocorreram nos canais virtuais.
Com o e-billing, a operadora reduz 95% os custos da fatura por papel e o carregamento virtual custa 40% menos do que o presencial.
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