Por isso, foi elaborada uma estratégia de categorização do país em três tipos de cidades: as grandes, onde a Telefônica Brasil faz os investimentos sozinha; as pequenas, onde haverá investimentos de ISPs que usarão a marca Terra em modelo de franquia; e as médias, onde fundos entram como sócios e asseguram que a Vivo alugue a rede de acesso prioritariamente por um período, antes de abrir o ativo para o resto do mercado.
“No Brasil temos oportunidade espetacular em fibra dado que outro grande operador de rede fixa teve dificuldades de investir nos últimos anos. Estamos investindo lá 20% de Capex em relação às vendas, mais que a relação de 15% realizada nas outras empresas do grupo. E mesmo assim, não conseguimos cobrir tudo de fibra”, contou Ángel Vilá, chief operating officer do grupo.
O executivo afirmou que as cidades médias não são viáveis para receber aportes integrais da operadora, mas valem à pena com o risco compartilhado. “Estamos buscando investidores financeiros que entram com o investimento para cobrir as cidades com fibra, e em seguida a Telefônica faz o lease da rede prioritariamente. Depois de um período, essa rede é aberta para o mercado”, afirmou.
O piloto desse modelo, em menor escala, é o que está sendo feito com a American Tower em Minas Gerais.
Mas há outra modelagem em estudo, em que pode ou não haver a criação de uma empresa com participação da Telefónica Infra, da Telefônica Brasil e do sócio investidor, sem consolidação contábil, “de modo que consigamos expandir a rede de fibra em um ritmo muito mais rápido do que podemos fazer sozinhos”, finalizou o executivo.