Impedida de usar comercialmente a capacidade do satélite brasileiro, a Telebras fechou 2018 com prejuízo de R$ 224,9 milhões ante R$ 243,8 milhões, em 2017, e R$ 270 milhões, em 2016. O seu balanço foi divulgado hoje, 5, no Diário Oficial da União,confirmando os dados informados pela estatal à CVM, em 15 de março deste ano.
Porém, esse prejuízo ajustado pelo valor negativo de R$ 58 milhões, em 2018, e de R$ 33,1 milhões positivos em 2017, chegou a R$ 282,9 milhões, resultado 34,2% maior que o do ano anterior, de R$ 210,8 milhões. A estatal afirma que esses valores correspondem a eventos não recorrentes, como baixa de passivos
Segundo a Telebras, o aumento do prejuízo ajustado é explicado pelo crescimento dos custos com meios de conexão e transmissão, especialmente EILD; aumento do custo de depreciação devido à entrada em operação do satélite, que também provocou alteração no reconhecimento dos encargos financeiros. O Ebitda ficou negativo em R$ 62,8 milhões e a margem, em -31,5%.
Já a receita operacional líquida chegou a R$ 199,7 milhões, crescimento de 172,4% em relação a 2917 (R$ 73,3 milhões). Na comparação com 2016, a alta foi de 256,2% (R$ 56,1 milhões). O avanço da receita decorreu do maior volume faturado com novos contratos; incremento dos contratos com órgãos público, como Dataprev e ICMBio; além do início do reconhecimento da receita de locação da capacidade satelital aos Ministério da Defesa (banda X). Também houve antecipação da receita com o programa Gesac, feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Em 2018 a Telebras inaugurou os Centros Operações Espaciais em Brasília e Rio de Janeiro e mais três Estações de Acessos Gateways em Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Campo Grande (MT). Aumentou em 111% o número de circuitos instalados ativos, totalizando 3.654. E trocou sua participação societária no projeto de cabo submarino Brasil-Europa pelo direito de uso irrevogável de uma parcela da capacidade.
No Comment