A Telebras decidiu adiar em um mês o leilão de capacidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). A data de entrega dos envelopes contendo os lances das empresas interessadas foi prorrogada para 27 de setembro.
A estatal realizou, no final de julho e começo de agosto, um roadshow, em que apresentou o leilão a potenciais investidores. Os executivos da empresa, entre eles o presidente interino Jarbas Vales, foram a São Paulo, Londres e Nova York divulgar o potencial de negócios do satélite.
Estão à venda dois lotes, que totalizam 23 Gbps da capacidade total da nave, de 56 Gbps. Do restante, 11 Gbps são garantidos à Telebras, e outros 12 Gbps poderão ser usados pela estatal, ou vendidos em novo leilão – casa haja demanda.
O leilão prevê cessão da capacidade por cinco anos, prorrogáveis uma vez por igual período. Quem arrematar o maior lote ficará encarregado também de prestar serviços à Telebras. Esta vai alugar equipamentos e infraestrutura para cobrir escolas, unidades de saúde, postos de fronteira e o que mais for demanda de Estado por conectividade.
Os compradores, de quaisquer lotes, terão ainda de atender a metas do Plano Nacional de Banda Larga. As empresa terão de ocupar ao menos 25% da capacidade de cada feixe do satélite com a entrega da banda larga. Se não atenderem, a capacidade será devolvida à Telebras.
O edital permite a participação de empresas pequenas, desde que formem um consórcio. Prevê, também, a concorrência de estrangeiras. Todas deverão comprovar experiência de atendimento de serviços por satélite.
No primeiro encontro do roadshow, ocorrido e São Paulo, Valente falou que o lançamento do satélite terá impacto grande na competição da banda larga satelital no país. Pelos seus cálculos, o preço da banda larga por satélite cobrada do consumidor final vai cair em dez vezes.
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