A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) acredita que o evento climático extraordinário que ocorreu em São Paulo, na última semana, traz à tona a importância de se discutir o ordenamento dos postes nos espaços urbanos. Considera que a questão precisa ser debatida com muita transparência para que haja uma regulação que acabe com a insegurança jurídica e beneficie a sociedade, as cidades e todos os setores envolvidos.
O Presidente Executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa da Silva, explica que o debate deve seguir para além de uma discussão que envolva somente os setores de energia e as empresas de telecomunicações. “Os postes representam uma infraestrutura essencial. Eles estão em todas as cidades como um serviço que suporta as telecomunicações, a energia elétrica, o sistema de iluminação pública e a sinalização viária, que fazem parte da rotina urbana e que têm que conviver de maneira harmoniosa com as demais infraestruturas urbanas”, afirma.
Barbosa lembra que eventos climáticos levam à interrupção de serviços essenciais que chegam à população pelos postes. “O que aconteceu agora ressalta a importância de políticas públicas coordenadas, que tenham como meta o atendimento da população e dos consumidores dos serviços essenciais”, argumenta Luiz Henrique Barbosa.
“O setor de telecomunicações é parte da solução, mas o debate é mais amplo e tem mais atores envolvidos. Deve contar com as contribuições do setor de energia, da iluminação pública, da sinalização para o trânsito, do abastecimento de trólebus, do meio ambiente, que também impacta a cidade no tocante às podas regulares e a limpeza da vegetação doente que pode cair com as fortes chuvas. É preciso que haja uma requalificação adequada que atenda a todos de forma segura, viável economicamente, sem causar mais transtornos devido a obras constantes, que acarretam problemas de trânsito, ruído e demais transtornos”, defende o Presidente Executivo da TelComp.
O aumento dos eventos climáticos extremos registrados estão se tornando constantes e reforçam a necessidade de providências urgentes e eficazes. Em janeiro, ocorreram as chuvas além do esperado no litoral paulista. Em setembro, os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina receberam o impacto da força da natureza. Esse cenário só tende a aumentar, por isso a necessidade urgente de políticas públicas, para podermos lidar com esses novos tempos.