A Surfix comemora o primeiro ano de funcionamento do mais novo data center de Recife (PE) end to end, com 150 clientes e sem nenhuma interrupção de serviço. É o primeiro focado em serviços de hosting, colocation, segurança e nuvem totalmente projetado e construído conforme especificações de redundância do nível Tier III construído no estado.
A expectativa de aumento de faturamento com a nova estrutura é de 200% para este ano, como afirma um dos sócios fundadores e diretor Comercial e de Relações Institucionais, Dárcio Macêdo Filho. Ele disse que a pandemia do coronavírus trouxe uma certa incerteza no primeiro momento, mas hoje a situação está normalizada. Só prejudicou mesmo o processo de certificação do data center.
Mas a história da Surfix começou há 17 anos, como ISP que atendia a cidade do Recife por meio de rádio. Rapidamente, avançou para cabo e se voltou para o mercado corporativo. A partir daí, os sócios passaram a buscar formas de crescimento. Segundo Macêdo Filho, a falta de data centers de alta tecnologia no estado e em toda a região Nordeste – só existem o da Ascenty e da Angola Cable no Ceará com o mesmo nível – levou a essa decisão.
Em 2016, vendeu sua carteira de cliente e rede para outro ISP de Recife, mas manteve a outorga do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) e os contratos de uso de postes com a distribuidora de energia. Por essa razão, pode oferecer para as empresas não só o data center, como serviço de telefonia digital, cloud, link de internet e serviços de segurança.
O data center da Surfix tem subestação própria e carga de 1000 kVA, grupos geradores de 750 kVA, UPS e bancos de baterias. Conta também com sistema de ar condicionado de precisão, com controle de umidade e bateria a gás, além de sistema de controle de incêndio de último nível. A construção foi feita com recursos próprios dos sócios, mas Macedo não descarta a busca de crédito para futuras expansões, que começam a ser planejadas.
De acordo com Macêdo, o trabalho de venda do data center é muito mais complexo que de uma conexão de banda larga, porém tem valido a pena. Ele afirma que o trabalho que os ISPs estão fazendo é muito importante para o país e louvável, mas a competição é muito grande. “Todos partiram para fibra óptica e prestam o serviço com qualidade muito semelhante e o diferencial é irrisório”, afirmou.