É o que conta a gerente de Segurança da Informação e Cibernética da Oi, Fernanda Vaqueiro, em live realizada pelo Tele.Síntese nesta sexta-feira, 24. Segundo ela, a pandemia do novo coronavírus foi um catalisador da aceleração da transformação digital, mas favoreceu também ao aumento dos cyberataques. “Não houve aumento significativo de novos tipos de ataque, mas sim um crescimento da superfície das ameaças, aproveitando as brechas que existem há 20 anos”, disse.
Fernanda disse que existe soluções baratas que podem ser adotadas por empresas de qualquer tamanho para que seus colaboradores possam trabalhar em home office, porém acredita que a grande sacada é a estratégia de segurança adotada e não apenas a tecnologia. Uma dessas estratégia é a análise de risco e a consciência, pelo colaborador, de que a segurança da rede da corporação é também a segurança dele próprio.
Um exemplo do aumento das ameaças foi o crescimento de 124% de ataques aos dispositivos móveis, no mês de março. Para ela, a empresa que não investir em segurança preventiva vai gastar mais para reparar os danos.
Retorno
Fernanda disse que as soluções de segurança da Oi são testadas na própria companhia. Por isso, foi possível levar boa parte dos 30 mil funcionários da Oi para home office em sete dias. E não foram registrados ataques significativos, em função do treinamento diários dos colaboradores e os controles de acesso.
A previsão de retorno ao trabalho presencial é em setembro. Porém acredita que o trabalho remoto veio para ficar e o cenário pré-pandemia não se repetirá. “Havia um preconceito cultural contra o home office que foi vencido”, disse. Segundo ela, as empresas registraram aumento da produtividade e redução de custos. “O desafio agora é fazer com que o colaborador distante fisicamente, se torne mais próximo na conscientização da importância da segurança”, disse.