Com decolagem perfeita, o foguete Ariane5 subiu às 18:50 do dia 4 de maio, levando o Satélite Geostacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) e um satélite sul-coreano. Às 19h18, o SGDC foi liberado em órbita, a 1.100 km de altitude, 28 minutos após a ignição.
Inicialmente programada para dia 21 de março, o lançamento foi adiado por causa de uma greve geral na Guiana Francesa, onde é a base de lançamento da empresa Arianespace, contratada pela Thales Aleina Space – que, em parceria da Visiona (joint-venture Embraer Telebras), construiu o satélite brasileiro.
Chovia forte em Kourou, a capital do país e base de lançamento, o que atrasou o lançamento em pouco mais de uma hora. Às 18h43, os sistemas foram ligados e recomeçou a contagem regressiva de sete minutos.
Conforme o Ministério da Ciência, Tecnologia Inovação e Telecomunicações, o satélite vai subir ao preço de R$ 2,784 bilhões, quase o triplo do inicialmente projetado, em 2013, quando estava previsto para custar R$ 1,1 bilhão. No mercado internacional, não se conhece um satélite do tamanho do nosso a esse preço.
O da Telebras terá 67 transponders na banda Ka e 5 transponders na banda X. Vem com a tecnologia HTS, de feixes multifocais, o que lhe permite entregar mais de 57 Gbps em todo o território brasileiro. Terá suas estações de controle em diferentes pontos do território brasileiro.
Segundo o ministro Gilberto Kassab, o Ministério da Educação já fechou contrato com a Telebras para a conexão em banda larga de sete mil escolas públicas. As unidades básicas de saúde do SUS também contarão com pelo menos 10% da capacidade do satélite, assinalou. “Informo também que o presidente Temer autorizou darmos continuidade ao programa satelital e já vamos dar início aos estudos para o segundo satélite”, afirmou o ministro. A expectativa, afirma, é de o Brasil se apropriar da tecnologia de produção do satélite em uma década.
Lançamento
Para o lançamento, o governo convidou a imprensa a acompanhar o evento no Centro de controle do Comar – VI Comando Aéreo Regional, em Brasília. Segundo major, Rafael Duque, depois que o satélite estiver em órbita, em 40 dias as Forças Armadas já podem começar a operar a banda X. Ele não soube informar, no entanto, se o governo brasileiro irá desativar o contrato com a Embratel, que hoje presta serviço ao Ministério da Defesa.
O veículo Ariane 5 está levando também para órbita geostacionária o satélite Koreasat-7, sul-coreano. O nosso satélite ficará na posição 75 graus W.