Por Gabriel Haibi*
A pandemia nos fez repensar diversos hábitos, inclusive os de consumo. E, quando pensamos na forma como adquirimos e utilizamos a tecnologia, é interessante observar como o on demand cada vez mais faz parte de nossas vidas. Pagar apenas por aquilo que usamos deixou de ser uma mera opção e, aos poucos, sai da seara da tendência e se firma como norma. E, da mesma forma que é possível termos acesso a músicas, filmes e mesmo soluções para transporte, é igualmente viável para empresas investir em tecnologia como um serviço.
O modelo de aquisição de Tecnologia as a Service (TaaS) possibilita às empresas contratar as mais variadas soluções mediante locação, sem a necessidade de investir o seu capital de uma só vez. Além da vantagem de transformar o CAPEX em OPEX, o modelo de locação “as a Service” permite flexibilidade nos contratos e rápido acesso ao que há de mais disruptivo no mercado, com facilidade e rapidez na atualização das soluções e agilidade na manutenção quando necessário.
A automação de processos robóticos como serviço (RPAaaS) ganha força como uma forma de terceirização para quem quer adotar a RPA em seus negócios, mas que ainda não possui a musculatura financeira que a compra desse tipo de solução demanda. Esse modelo de contratação permite aumentar a receita sem o aumento proporcional do custo, já que não há um investimento alto, e o Cliente só paga pelo que efetivamente usa. Em outras palavras, o RPA como um serviço significa que uma empresa pode experimentar os muitos benefícios que o RPA oferece sem a despesa inicial, inconveniência e compromisso de manutenção de adquirir a sua própria tecnologia.
Tenho observado nos últimos meses que muitas organizações passaram a considerar o RPAaaS como uma opção mais prática e economicamente viável, uma vez que não exige investimento em hardware e tudo é baseado em nuvem. Isso não é surpreendente, já que segundo o Gartner houve um crescimento de 17% no uso mundial de serviços em nuvem em 2020, em grande parte impulsionado pela pandemia.
Trata-se de uma boa alternativa para economizar, já que os robôs funcionam exatamente quando você deseja. Eles podem, por exemplo, funcionar nos finais de semana e à noite, quando os colaboradores não trabalham, poupando tempo durante o horário de expediente para que outras tarefas sejam concluídas. E também reduz consideravelmente a despesa com horas extras, especialmente nos picos de atividade, seja no final de mês ou em situações sazonais. Agora, indo além da otimização de custos, destaco como benefícios do RPA as a Service o prazo reduzido para a implantação (uma vez que a tecnologia já existe e foi exaustivamente testada, os usuários podem automatizar imediatamente, sem tempo de inatividade) e o acesso a uma extensa base de conhecimento (ou seja, é possível ao Cliente tratar de questões operacionais sem a necessidade de muita pesquisa, acessando a uma ampla gama de ferramentas de nossa propriedade para melhorar seus processos). Além disso, também é importante destacar que não há bloqueio de tecnologia – como o RPA evolui rapidamente e requer constantes atualizações, a contratação via aluguel permite que os Clientes mantenham seus negócios normalmente e desfrutando dos benefícios por um custo mínimo, cabendo a nós cuidar de todas as atualizações.
A aquisição e a manutenção de um RPA pode ser um compromisso significativo para qualquer empresa, especialmente àquelas que ainda não têm experiência prévia com a tecnologia. Por isso, ressaltamos que a possibilidade de contratar o serviço por demanda torna tal compromisso desnecessário, já que o RPAaaS possibilita acessar o que há de melhor da tecnologia somente quando for necessário. Não há dúvidas que esse sistema ganhará popularidade e força nos próximos anos, o que levará à diminuição progressiva dos custos, e, consequentemente, possibilitará a democratização do acesso, permitindo às mais diversas organizações, independentemente de seu tamanho, ter acesso à automatização por robôs.
*Gerente de eficiência digital da Neo
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