Achar uma solução para o uso de postes é uma obsessão do presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Mauricélio Oliveira. Junto com outras entidades do setor, tem abraçado a causa de gestora nacional que, no seu entendimento, traz benefícios para provedores, teles e para o setor elétrico.
Com esse discurso, Oliveira tem feito uma peregrinação em Brasília, com conversas no Ministério das Comunicações e o de Energia, Anatel, Aneel e entidades de distribuidoras de energia. “Os dois ministérios têm mostrado interesse na proposta”, disse.
Segundo o executivo, o preço cobrado para uso dos postes pelas distribuidoras é muito variado, de R$ 3,16 a R$ 16, e agors querem cobrar por equipamentos, o que elevaria essa conta para R$ 76. “É preciso trazer ordem para esse caos”, disse.
Pela proposta, a gestora nacional ficaria com o valor estabelecido para o uso do poste, repassaria uma parte para as elétricas e outra parte seria usada para reorganizar a infraestrutura. Além disso, poderia ter papel preponderante no compartilhamento da última milha entre as operadoras.
Segundo o presidente da Abrint, quando não há mais espaço nos postes, os provedores acabam optando pela clandestinidade para garantir a sobrevivência. Em outras cidades, o compartilhamento já é uma realidade, como em Pirapora, no interior de Minas Gerais.
A criação de uma entidade nacional gestora dos postes é defendida também pela TelComp. Para o presidente executivo da entidade, Luiz Henrique Barboza, embora as elétricas passem a ganhar menos por poste, terá sua base de arrecadação aumentada, já que a previsão é de acabar com o uso à revelia. Ele ressalta que o setor tem experiências bem-sucedidas de criar entidades do modo proposto.
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