Rodrigo Abreu, CEO da Oi, deu o número nesta quinta, 12, na conferência de resultados do segundo trimestre da companhia, realizada pela manhã. Segundo ele, esses contratos de rede neutra se somam às dezenas de outros já firmados com operadores de todos os tamanhos para uso da rede da V.tal no atacado – transmissão, backbone, backhaul.
A empresa, é bom lembrar, é um spin-off da rede óptica de 400 mil km que pertencia à Oi. Herdou mais de 260 contratos de atacado e compartilhamento de rede com provedores e outras teles. Mas os 10 contratos com ISPs são novos, uma vez que é nova a abordagem de rede neutra proposta pela V.tal.
Segundo Abreu, a assinatura rápida desses contratos, que vinham sendo negociados desde 2020, é prova de que há demanda para o serviço neutro da V.tal. “Vimos demanda de outros ISPs por todos os serviços, não apenas por backbone e transmissão, mas por FTTH. Fechamos 10 contratos do tipo até o momento. E isso começou a acontecer desde antes do lançamento da V.tal. A demanda está aparecendo”, ressaltou.
Abreu aposta na valorização da V.tal como um componente importante para a estratégia de médio prazo da Oi. No futuro, a empresa de rede neutra pode abrir capital na bolsa, o que renderia à Oi alguns bilhões. Hoje, a V.tal tem valor de mercado de R$ 20 bilhões. Mas a expectativa do executivo é que isso se multiplique por conta da escassez de infraestrutura no país.