O presidente global da Qualcomm, Cristiano Amon, disse nesta terça-feira, 8, que o 5G é a tecnologia fundamental para a conectividade, mais do que as anteriores. “Nenhum país quer ficar a trás no desenvolvimento de redes dessa geração”, afirmou, em palestra no Painel Telebrasil.
Segundo ele, cada geração de tecnologia veio para resolver um problema. A 2G veio para permitir que cada pessoa tivesse um celular, o que a tecnologia analógica não permitia. A 3G veio para conectar o serviço de voz na internet, permitindo troca de mensagens e e-mail por meio do celular. O 4G já foi uma mudança muito maior, de trazer a banda larga e transformar o smartphone em um computador.
“O 5G veio para superar os próximos desafios, já que pode conectar tudo na nuvem de maneira confiável, permitindo uma infinidade de serviços, inclusive de banda larga”, afirmou Amon. Ele ressalta que a tecnologia foi desenvolvida para usar todo o espectro existente, sem exceções, desde as frequências mais baixas a frequências novas, indo para as ondas milimétricas.
Já no ano de 2021, os países já deverão ter convertido as frequências para o 5G, prevê Amon. Por isso, afirma, diferente do que aconteceu com o 4G, ninguém quer ficar a trás nessa corrida porque o 5G vai se tornar o agente acelerador da transformação digital.
No 4G, os EUA saíram na frente. No momento que isso aconteceu, havia uma discussão se era necessária acelerar a tecnologia. E por causa disso, os EUA tomaram a dianteira em criar empresas dentro da economia digital que são hoje as mais valiosas em termos de valor de negócio no mundo, como Facebook, Uber, Google.
Existem muitos casos de usos do 5G que não foram inventados. A Qualcomm espera 1 bilhão de conexões nessa tecnologia em 2023, o que permite acreditar que a transição será muito mais rápida. Em 2035, a previsão é de que 13.2 trilhões de output econômico serão gerados pelo 5G.
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