A demanda de acesso à Internet nas áreas rurais começa a ser atendida no Mato Grosso do Sul pelos provedores regionais. Segundo a Apims (Associação de Provedores de Internet do Mato Grosso do Sul) esse é um movimento que vem se intensificando nos últimos meses e promete ganhar ainda mais corpo. Os primeiros locais a serem cobertos são as sedes das fazendas mas já há expansões para atender às inúmeras aplicações no campo.
“Hoje a vida no campo está muito facilitada mas o fazendeiro ainda precisa se deslocar para a cidade para conseguir acesso à Internet. É isso que estamos evitando pra ele, queremos que seu escritório seja na própria fazenda”. comentou Dario Burda Júnior, presidente da entidade.
Para o produtor rural, essa necessidade do acesso à Internet se tornou ainda mais visível com a nova regulamentação do governo do estado que exige nota fiscal eletrônica para o transporte de carga e animais em todo o estado. “Para cada embarque, ele precisava ir até a cidade para obter uma nota fiscal eletrônica’, ressaltou o executivo. Além disso, há várias aplicações, principalmente de IoT (Internet das Coisas), que passam a exigir a conexão em tempo real.
Sem precisar quantos provedores avançam sua cobertura para o campo, Burda lembrou a importância dos ISPs no Mato Grosso do Sul. São 320 empresas licenciadas que respondem atualmente por 60% da comunicação no estado.
A presença na área rural poderá também ser um fator de estímulo para as negociações em andamento entre os provedores e o governo do estado que envolvem a liberação da cobrança do ICMS para essas empresas.
O estado também poderá ser um parceiro em outro projeto que está sendo estudado no MS e que prevê a realização de um consórcio que vai permitir a integração de rotas entre os ISPs para a interligação de cinco estados, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. A rede poderá ainda chegar à Bolívia e Paraguai. “Ainda estamos em negociações para esse projeto”, disse Burda.