Nesse encontro, ficou acordado que o prazo para a regularização da fiação será de 90 dias, em vez de 30 dias, a partir do diagnóstico apresentado pela Coelba. Todo o procedimento para o reordenamento nos postes será acompanhado em conjunto pela Coelba, pelas associações representantes dos provedores e pelo sindicato.
É importante levar em conta a realidade dos provedores regionais, alerta Ana Paula Meira, engenheira de Telecomunicações da SCM: “A maior parte deles, em algumas oportunidades, já tentou e ainda apresenta iniciativas de regularização de suas redes. Contudo, enfrentam diversos empecilhos por parte dos agentes envolvidos”.
Segundo a consultora, os problemas vão desde o início do processo, na apresentação dos projetos junto à concessionária, até a aprovação e assinatura dos contratos. “Seja por dificuldade de rota viável, por esgotamento de posição em postes já ocupados de forma irregular, por novas normas técnicas que muitas vezes dificultam e atrasam a apresentação do projeto em andamento, e até mesmo pelo preço praticado do aluguel do poste, em alguns casos acaba por inviabilizar a operação quando se torna demasiadamente excessivo em relação ao contrato praticado com as grandes operadoras”, aponta ela.
A reordenação de cabos, de acordo com a Coelba, visa garantir a segurança da população e dos profissionais que acessam os postes. Em nota, a empresa informa que “fiações irregulares e desordenadas estão mais sujeitas a risco de queda, de se entrelaçar em veículos altos, por causa, muitas vezes, da altura inadequada e de inclinação do poste por excesso de peso”.
Em 2016, foram ordenados 45 quilômetros de cabos de telefonia e telecomunicações em onze grandes corredores viários de Salvador e retiradas cerca de 1,5 toneladas de materiais das redes de telefonia e telecomunicações instalados irregularmente.