No entanto, apesar do bom desempenho, o ritmo de crescimento da base de banda larga fixa dos provedores regionais vem perdendo velocidade com o passar dos meses deste ano como se vê na tabela abaixo. No ano, entre setembro de 2016 e setembro de 2017, o crescimento registrado pelo segmento foi de 36,47%.
O balanço de assinantes de banda larga fixa no Brasil em setembro mostra que havia 28,16 milhões de acessos a banda larga fixa no país naquele mês. O número é 5,92% maior que um ano antes, e 0,4% maior que em agosto. Praticamente todas as operadoras ganharam clientes. Duas empresas sofreram mais: BT e Oi, em função dos desligamentos de acessos corporativos. A BT viu sua base encolher 28,63% em um ano, enquanto a Oi teve retração de 0,41%. Com base maior, a Oi teve 26,4 mil desconexões, enquanto a BT, 9,4 mil.
Em termos relativos, a TIM foi a grande operadora que mais cresceu. Sua base de assinantes de banda larga aumentou 25,63% no último ano. Em seguida veio a Sky, com evolução de 19%. Em termos absolutos, no entanto, ninguém superou a Claro, que adicionou 367 mil clientes, no ano. A não ser, é claro, os provedores regionais, que somaram mais um milhão de clientes. A base da Vivo aumentou em 122,3 mil assinantes.
Na comparação mês a mês, a situação é semelhante. Os provedores regionais de acesso à internet ficaram com a maior fatia dos novos assinantes. Em seguida vieram a Claro, a TIM e a Copel. Oi e Telefônica foram as que mais desligaram clientes.
Market Share
A final de setembro, o mercado brasileiro tinha a Claro na liderança dos acessos de banda larga fixa, com 31,11% de market share. Em segundo lugar ficou a Telefônica, com 27%. Em terceiro, veio a Oi, com 22,63%. E em quarto, os provedores regionais, com 13,5%. Algar (1,89%), TIM (1,4%) e Sky (1,3%) tinham menos de 2%.
O mercado brasileiro continua extremamente concentrado no Sudeste, onde estão 57,84% dos acessos à banda larga fixa. O Sul tem 17,9% do total, o Nordeste 12,18%, o Centro-Oeste, 8,42%, e o Norte, 3,65%.
Tecnologia
A fibra óptica segue como a tecnologia que mais cresce no país, embora ainda esteja longe de ser a mais usada. Em um ano, foram adicionados 1 milhão de novos assinantes FTTx, um aumento de 63,31%. Ainda assim, essa tecnologia correspondia a apenas 2% de todos os pontos de banda larga em uso no Brasil – ou, 568,9 mil acessos.
A tecnologia campeã, em uso, continua a ser a xDSL, que permite a conexão pelo par de cobre do telefone fixo tradicional. Esta modalidade encolheu, perdeu 146 mil assinantes no último ano, mas tem 47% do mercado (13,2 milhões de usuários).
A conexão banda larga por cabo coaxial, usada principalmente pela NET, tinha 31,2% do mercado, ou 8,8 milhões de assinaturas, ao final de setembro. Um crescimento de 242,5 mil novos clientes ano-a-ano.
Começam a aparecer nas estatísticas da Anatel duas tecnologias para a banda larga fixa, baseadas em telefonia móvel. A LTE já representa 1,3% das conexões, com 365 mil acessos. E a FWA, sigla em inglês para Fixed Wireless Access, tem 0,38% do mercado, ou 107,8 mil acessos.