Segundo Nogueira, dessa forma se evitaria a construção de redes onde já há infraestrutura das pequenas prestadoras. “O Brasil precisa ter conectividade plena e isso só acontecerá por meio dos ISPs, que estão lançando fibra em cidades e distritos onde há pequenas aglomerações de residências”, disse. Ele afirma que já existem mais de um mil ISPs no país construindo redes.
O presidente executivo da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), João Moura manifestou a preocupação de que sejam usados recursos públicos para subsidiar redes onde os ISPs já atuam é ainda maior por causa da demora da regulamentação para uso do saldo da migração. Segundo ele, a previsão do governo é de que a norma só saia no final do ano que vem.
Para o CEO da Wirelink, Adriano Marques, esse pleito é muito bom e precisa da organização de todas as PPPs para levá-lo adiante. “É preferível criar um fundo para subsidiar a expansão de ISPs menores”, defendeu. Rui Gomes, da Um Telecom, acredita que até o final de 2021, a maioria das localidades sem acesso à internet já estará atendida pela ação das PPPs. Mesma observação foi feita pelo CEO da Tely, Leonardo Lins.
O CEO da Mob Telecom, Salim Bayde, também concorda com a reivindicação e aposta na construção de redes híbridas, que poderão ser usadas por várias operadoras. Ele acredita que haverá um movimento mais rápido de consolidação do mercado e a ampliação de acordos de franquias entre as grandes e pequenas operadoras.