O setor de telesserviços, tradicionalmente associado à contratação de jovens, tem ampliado as oportunidades para profissionais com mais de 50 anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), 3% dos trabalhadores do setor já pertencem a essa faixa etária. A possibilidade de trabalho híbrido e o uso de novas tecnologias são alguns dos atrativos que ajudam a manter esses profissionais ativos no mercado. Além disso, a inclusão de colaboradores mais velhos reflete uma mudança na forma como as empresas lidam com a diversidade e o potencial geracional.
Wagner Erlei Eugenio, de 56 anos, é um exemplo de reinvenção no mercado de trabalho. Após uma carreira no setor de vendas, ele encontrou no telesserviço uma oportunidade de seguir ativo. “Sempre tive as portas abertas. É uma área acessível para quem busca uma nova chance no mercado”, afirmou Wagner. Ele ressalta que, além da estabilidade financeira, o trabalho oferece a satisfação de se manter útil e engajado.
Outro exemplo é Luciano Baruque, de 69 anos, com uma trajetória de 25 anos no setor de telesserviços, que recentemente foi promovido a gerente de Planejamento de Capacidade Produtiva. “Hoje, vemos uma mudança. A produção dos mais velhos é mais constante”, afirmou Luciano, destacando o valor da experiência na estabilidade e eficiência dos processos.
Diversidade geracional
A inclusão de profissionais mais experientes no setor de telesserviços não é apenas uma resposta ao envelhecimento da população, mas uma estratégia que agrega valor às empresas. Gustavo Faria, vice-presidente da ABT, enfatiza o papel da diversidade geracional como um pilar importante nas políticas de inclusão do setor. “A diversidade gera valor para a empresa e tem um impacto positivo em nossos clientes e resultados”, afirmou Faria. Ele destacou ainda que o setor de telesserviços reconhece a contribuição dos profissionais mais velhos, que trazem experiência e sabedoria, fatores fundamentais para o crescimento e a inovação no ambiente de trabalho.
(Com assessoria de imprensa)