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A preços competitivos, start up comercializa o 156 Digital para prefeituras

Digitalizar todos os dados da relação do cidadão com a prefeitura, seja através de canal de voz ou da página oficial no Facebook ou em outras redes sociais, e oferecer respostas também por meio da rede é a solução oferecida pelo 156 Digital que a Reglare desenvolveu e está comercializando para prefeituras e outros órgãos de governo. Com o serviço já implantado em 24 cidades do estado de São Paulo, a empresa negocia, agora, com empresas públicas de processamento de dados que vão revender o serviço para terceiros.

Todo o sistema foi desenvolvido utilizando as tecnologias de Big Data, hierarquia de regras e machine learning, e gera relatórios inteligentes para os gestores públicos, a partir das demandas e reclamações do cidadão, possam estabelecer seu planejamento e prioridades. O sistema captura as informações de duas fontes: do serviço 156 de voz da prefeitura e de sua página oficial nas redes sociais. Paralelamente, busca nas redes e em blogs, as observações, críticas e queixas do cidadão em relação à prefeitura não para orientar a ouvidoria ou a zeladoria da cidade, mas para fornecer informações que possam pautar a área de comunicação do município.

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De acordo com Silvana de Matos, diretora da Plataforma Tridigito da Reglare, uma das participantes do debate sobre Big Data no Encontro Wireless Mundi, realizado hoje, 16, em São Paulo, o 156 Digital captura e traduz os dados feitos pelo atendimento ou na rede, endereça a demanda (ticket) ao gestor responsável por aquela área e este gestor, que tem login e senha para entrar na plataforma, responde à demanda do cidadão e a encaminha para ele. A plataforma está hospedada no Big Data da Telefônica — a Reglare foi incubada pela Wayra, aceleradora de start ups do grupo espanhol — e chegou ao mercado com preço competitivo. O pacote básico custa R$ 3 mil/mês e a solução para revenda, com dez usuários prefeituras, R$ 65 mil/mês.

Gestão de risco

Este exemplo da Reglare é um de muitos do uso da aplicação do Big Data na melhoria dos serviços públicos. A B2T, consultoria de Brasília com foco em governo, está usando as tecnologias de Big Data e analytics para fazer a prevenção de fraudes nos requerimentos de seguro desemprego do Ministério do Trabalho. Começou a implantar o sistema em dezembro de 2016, depois de vencer uma licitação, foram bloqueados 24 mil requerimentos equivalentes a R$ 133 milhões, com economia direta e indireta de R$ 383 milhões, segundo relato de Allison Lopes, diretor de Tecnologia da B2T.

Para fazer a prevenção de fraudes estão sendo usadas bases de dados de vários órgãos de governo, a partir das quais a plataforma analítica identifica o padrão de comportamento com indício de fraude. A partir daí entra em ação o investigador” que faz auditoria das informações suspeitas e impede o comportamento que pode vir se transformar em fraude.

Se a captura, tratamento dos dados e análise correta com cruzamento de milhares ou milhões de informações pode dar maior eficiência ao serviço público, com uma gama enorme de aplicações, isso só acontece se os dados forem abertos e puderem ser compartilhados pelas diferentes instâncias do governo, em qualquer nível. “Esse é um desafio, pois ainda há muitas bases a serem abertas”, disse Adriano Amaral, evangelista de Opendata e Bigdata da Oracle. Ele lembrou as três regras da lei de economia dos dados: 1) Dados advêm de atividades, 2) Dados geram mais dados e 3) o mais adequado para tratar os dados é o uso de plataformas.

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