O preço médio de um plano de acesso à internet é menor do que um botijão de gás, que está na casa de R$ 95. A constatação é do CEO da Aloo Telecom, Felipe Cansanção, em live realizada ontem à noite pela Revista RTI. Segundo ele, o preço médio da banda larga no Nordeste varia de R$ 50 a R$ 70, em planos de velocidade alta.
De acordo com Cansanção, esses valores estão sendo mantidos mesmo com o dólar mais alto e com a necessidade dos provedores de investir em aumento de capacidade e de expansão de redes. “Será que essa competição é sadia? Ou devemos conversar com o governo para encontrar soluções, como o uso do Fust [Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações] para expandir as redes”, questiona.
O CEO da Um Telecom, Rui Gomes, acredita que a saída é agregar valor ao serviço para aumentar o tíquete por cliente. Já o CEO da Wirelink, Adriano Marques, entende que ainda há muita informalidade nesse mercado, o que puxa os preços para baixo. “Precisamos vender mais serviços e qualidade e não apenas preço e banda”, disse.
Segundo Marques, a expansão das PPPs, com redes modernas de fibra óptica, mudou a atuação das grandes operadoras, que agora estão correndo a trás. “Quem pensou que isso iria acontecer?”, afirma.
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