Micro e pequenas empresas do Comércio, Serviços e Indústria revelaram que a concessão de crédito no segundo semestre de 2020 ficou mais fácil. A percepção foi detectada pela Sondagem de Micro e Pequenas Empresas, referente ao último mês de maio, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa também revelou que os pequenos negócios desses três segmentos voltaram a sentir mais dificuldade para acessar crédito no quinto mês desse ano. “A melhora de percepção pode ser associada ao início do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e, a retração, ao período em que o programa ficou suspenso. À medida que os recursos do Pronampe eram liberados, a percepção do empresário em relação a crédito melhorava”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Além da criação do Pronampe, que se tornou permanente no início desse mês após sanção da lei aprovada pelo Congresso Nacional, a boa percepção de acesso a crédito por parte dos empreendedores pode ter sido influenciada também pelo menor custo de crédito dos últimos 25 anos e pela maior oferta de dinheiro na economia brasileira promovida pelo Banco Central, ao ter realizado o maior programa de liquidez dos últimos 27 anos e ter aumentado a oferta de dinheiro no sistema financeiro em torno de 50% e 60%.
Segundo o Sebrae, até o momento, o Pronampe já disponibilizou R$ 37,5 bilhões em crédito, e 517 mil micro e pequenas empresas foram beneficiadas pelas operações realizadas em instituições financeiras que aderiram ao programa. O valor médio dos empréstimos alcançou quase R$ 100 mil para as Empresas de Pequeno Porte (EPP), responsáveis por quase 60% das operações. No caso das microempresas, esse valor ficou em torno de R$ 40 mil.
Aporte
Para a rodada do Pronampe de 2021, será liberado um aporte de R$ 5 bilhões como valor de garantia, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Com esses recursos será possível conceder até R$ 25 bilhões em empréstimos ao longo deste ano. A taxa de juros anual máxima para os novos empréstimos corresponderá à Selic mais até 6%. Os valores são considerados mais vantajosos quando comparados ao que é praticado normalmente no mercado.
De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros para o segmento, no quarto trimestre de 2020, foi de 35,1% para as microempresas e 22,4% para as empresas de pequeno porte. Em relação ao prazo para pagamento, a carência que antes era de oito meses agora passou para 11 meses e o prazo total de pagamento aumentou de 36 para 48 meses.(Com assessoria de imprensa)
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