A história do edital do 5G é conturbada, técnica, tensa, rica e certamente entrará para a história da regulação. A avaliação é da conselheira da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Cristiane Sanchez, após a aprovação do texto final do edital do leilão 5G pela Anatel. “A disrupção vai acontecer e isso, por si só, tira todo o mercado da zona de conforto e exige novos modelos de negócios”, afirmou.
Cristiane afirma que o 5G vai muito além da aquisição de um lote. “Mesmo os provedores menores poderão dar vazão ao cumprimento de obrigações de cobertura e compromissos adicionais de rede daqueles que adquirirem os lotes”, ressalta.
“Mais à frente, ainda, as redes de fibra de provedores, se bem estruturadas, podem dar vazão ao tráfego de redes 5G, na ponta e assegurar redes privativas e convergência em redes fixas”, disse. Além disso, entende que as opções novas de compartilhamento tendem a transformar as limitações do MVNO credenciado, podendo haver novos serviços afetos à mobilidade.
-Novos serviços de compartilhamento de SBC e capacidade tendem a surgir. Além das redes neutras (fixas e de espectro), algumas localidades decolariam com FWA bem projetado, bastando as outorgas SCM. Esse é só o começo”, observa a conselheira da Abrint.
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