Por Tulio Barbosa*
O mercado de internet banda larga vive um momento de grande prosperidade no Brasil. Se pensarmos que há cinco anos, o segmento ainda dava os primeiros passos rumo ao desenvolvimento e abrangência nacional, hoje representa um bem essencial e propulsor da economia e aproximação das relações na sociedade brasileira, seja nas grandes ou pequenas cidades.
É inegável que parte desse processo de evolução teve forte impacto na pandemia, em que todos os setores tiveram que se adaptar à nova realidade e acelerar a transformação digital para exercer a plena continuidade dos negócios e as telecomunicações foram essenciais para viabilizar essa expansão, seja.
O segmento de telecomunicações, especialmente o mercado de provedores de internet regionais (ISPs), se mostrou muito resiliente nos últimos anos e reforçou ser essencial para viabilizar o mundo moderno, como por exemplo, no home office, nas aulas em formato online, teleconsultas, no acesso à informação e até mesmo no entretenimento, mostrando papel social relevante na conectividade dos brasileiros e atuando como verdadeiros dinamizadores da economia, seja na geração de novos negócios ou empregos.
Ainda em 2020, dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registraram um aumento entre 40% e 50% no uso de internet no país. Já em 2021, houve um crescimento de 6,8% na telefonia móvel no Brasil, o que representa 14 milhões de novas linhas. O setor de telecomunicações movimentou, em 2021, R$ 35,6 bilhões, o que representou um crescimento de 10% em comparação com 2020.
A revolução digital não tem volta e os provedores são um pilar fundamental para que isso aconteça. Atualmente, o mercado brasileiro possui mais de 12 mil provedores espalhados em território nacional, que têm exercido um excelente trabalho, entregando internet de alta velocidade e qualidade, com um atendimento diferenciado.
Tudo isso para se moldar em um ambiente cada vez mais competitivo e dinâmico, com empresas em estágios diferentes: profissionais que saíram de um provedor e foram montar a própria empresa, provedores grandes comprando os médios, médios adquirindo pequenos e até mesmo pequenos comprando micros. Hoje, como classe, certamente seriam a maior operadora do Brasil e comprovam a visão de que não precisa ser uma megaempresa listada na Bolsa para ter diferencial competitivo.
É preciso investir na capacitação, na formação dos times, de maneira a entender a dinâmica de crescimento do mercado e da própria empresa. Além de se atualizar sobre as novidades em sistemas de gestão eficientes, equipamentos, conteúdo e perfil dos consumidores. A entrega deve ir além da conectividade, oferecendo uma solução completa e personalizada, de acordo com as necessidades de cada cliente.
É isso que fará a diferenciação no médio prazo e servirá de base para o novo futuro robusto que bate à porta do mercado de telecom, repleto de tendências como consolidação de provedores em busca de mais eficiência, presença de grandes empresários interessados em ampliar o escopo de atuação do provedor, penetração fora dos grandes centros urbanos e aprimoramento da capacidade de adaptação, flexibilização e estreitamento das relações com o cliente.
*Tulio Barbosa é CEO da MK Solutions, líder no mercado de software para provedores de internet
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