Do Tele.Síntese
Por Gilson Euzébio, de Brasília (DF)
Até dezembro, o trecho Fortaleza – Salvador entrará em operação, diz Eduardo Grizendi, diretor de Engenharia e Operações da RNP. Para montar essa rede de alta velocidade de 100 Gigabits por segundo na fibra óptica do cabo para raio que passa sobre as linhas de transmissão e interligar 39 campi em toda a região, a RPN fez um acordo de cooperação técnica com a Chesf, no ano passado, pelo qual a empresa de energia cedeu sua infraestrutura sem ônus à RNP.
Em alguns estados, a Chesf tem boa capilaridade e chega a municípios do interior, como Mossoró, no Rio Grande do Norte. Embora também chegue a Petrolina, a rede corta o estado de Pernambuco na vertical, o que vai exigir um esforço extra para aumentar sua capilaridade. Assim, segundo Grizendi, onde a rede da Chesf não alcança, a RNP vai buscar parcerias com provedores regionais de acesso à internet
Cobertura
Pelos cálculos do MEC, a infraestrutura de banda larga em construção pela RNP vai interligar 12 mil escolas públicas e beneficiar 16 milhões de pessoas nos nove estados da região.
A RNP firmou os primeiros acordos com os estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Paraíba. O Ceará, de acordo com Grizendi, já mantinha parceria com a RNP, com operação plena do sistema desde 2012.
O compartilhamento de redes permite reduzir significativamente os custos de implantação do programa. O investimento da RNP será de R$ 25 milhões, mas os governos estaduais também vão ajudar a financiar a implantação da rede. Na Paraíba, por exemplo, o governo do estado já vinha investindo para ampliar a conexão de internet.
O Programa Nordeste Conectado também resultará em economia de gastos dos estados com telecomunicações (conexão de dados e internet) e em ganhos na qualidade e velocidade da rede – o backbone é de 100 Gbps.