O prêmio possui duas categorias: na primeira, será contemplada a instituição que mostrar o maior índice de adoção de IPv6 em novembro de 2023. Na segunda, aquela que apresentar o maior avanço percentual na implantação durante o período de 1º de agosto até 1º de dezembro desse ano. Os candidatos terão seus sítios e redes avaliados por meio das medições do TOP e SIMET, ambas iniciativas do NIC.br.
Os ganhadores das duas categorias receberão, cada um, bolsa para participar do evento do Registro de Endereços da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC) no primeiro semestre de 2024. A bolsa consiste em passagens aéreas (ida e volta) e diárias de hotel. Serão ainda beneficiados com uma cota de patrocínio em 2024 para os cursos BCOP, IX Fóruns Regionais, Lives Intra Rede e Semanas de Capacitação Online, promovidos pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologias de Redes e Operações (Ceptro.br) do NIC.br. Já os candidatos que alcançarem 75% de adoção de IPv6 ganharão certificado de honra ao mérito e serão mencionados na premiação.
“O prêmio é uma maneira de estimular as instituições a avançarem com a implantação do IPv6 em suas redes. É ainda uma oportunidade para que elas se destaquem no cenário tecnológico e, por meio da adoção ao protocolo e das melhores práticas de configuração de suas redes, contribuam com a evolução da Internet em território nacional”, explica Antonio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br.
Importância
Para compreender melhor a importância da versão 6 do Protocolo Internet é preciso voltar ao início da década de 1990, quando a rede começava, aos poucos, a deixar o ambiente controlado das universidades e centros de pesquisa para ser usada também pela população. Diante daquele contexto, o IPv4, que havia suportado o funcionamento da Internet desde 1983, chegava ao limite. Era preciso pensar num substituto para essa tecnologia, o que passou a ser feito a partir de 1994, assim como algumas soluções temporárias para estender o uso da versão 4 do protocolo.
“Em 1998, o IPv6 finalmente foi padronizado na RFC 2460, mas hoje, 25 anos depois, a transição do IPv4 para o IPv6 ainda enfrenta desafios. Atualmente, cerca de 45% dos usuários da Internet globalmente adotam o IPv6. O nível de implantação varia bastante de um país para o outro, mas no Brasil, ele acompanha a média mundial. É preciso conscientizar empresas e instituições sobre a importância da adoção do IPv6 para o desenvolvimento saudável da Internet, investir em capacitação técnica, trocar equipamentos, entre outros pontos”, salienta Milton Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br.
Atualmente, ambas as tecnologias – IPv4 e IPv6 – estão em uso. O IPv4 não suporta mais o crescimento da rede, sendo preciso a adoção de uma técnica paliativa, o compartilhamento de endereços, para que continue com alguma expansão. O IPv6, por sua vez, que foi projetado de forma a não interoperar diretamente com seu antecessor, teve sua implantação gradativa – vem sendo utilizado lado a lado com a versão 4, até que esteja em 100% dos dispositivos.
IPv6.br em números
- 200 alunos treinados pelo NIC.br em cursos presenciais gratuitos, nas cinco regiões do país
- Cursos presenciais
– Básico: 183 edições com 5.591 alunos certificados
– Avançado: 19 edições com 613 alunos certificados - Curso a Distância: 17.655 inscritos com 3.216 alunos certificados
- 735 unidades da publicação distribuídas para 231 bibliotecas
- Mais de 100 vídeos abordando o tema IPv6 no canal NICbrvideos no YouTube
- 2 episódios do podcastCamada 8 dedicados à discussão de IPv6(Com assessoria de imprensa)