Em um ambiente predominantemente masculino, as mulheres começam a se destacar na gestão de provedores regionais. É o que afirma Marina Carvalho, do ISP AXNet e diretora da Associação Brasileira de Provedores Regionais e Internet (Abrint). “É preciso trazer mais mulheres para o ambiente de discussão de networks”, defende.
Em 2016, durante o evento nacional da Abrint, Marina realizou a primeira reunião de mulheres que atuam nesse mercado. Em 2017, foi lançada a Câmara Abrint Mulher também no evento da associação, mas com uma programação específica. O mesmo aconteceu no ano passado e deve se repetir no evento deste ano, marcado para 5 de junho.
Segundo Marina, muitas mulheres fazem parte dos quadros societários dos ISPs, mas poucas atuam nas empresas. Essa baixa participação é refletida, por exemplo, na diretoria da associação: são 20 dirigentes masculinos e apenas três mulheres.
“É importante que as mulheres troquem experiências sobre as melhores práticas de gestão, experiência com os usuários e gestão de pessoas”, disse Marina. Segundo ela, as mulheres têm muito a colaborar no aprimoramento das empresas.
Entraves
Marina está à frente da AXNet desde 2007, quando a empresa foi comprada da Fundação Educacional da cidade de Machado, localizado no sul de Minas Gerais. Desde então, ela vem batalhando nesse mercado sem encontrar preconceito de seus pares, fornecedores e usuários.
“A dificuldade que encontro, às vezes, é com os funcionários da empresa, quando percebem que não domino as questões tecnológicas, mas isso é rapidamente superada”, afirma.
A AXNet começou a trabalhar com fibra óptíca no ano passado e tem mais de dois mil assinantes. A empresa, fundada em 1998, concorre com mais sete provedores regionais em um município que tem cerca de 47 mil habitantes.
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