“Meu papel como ministro é receber todos os candidatos, avaliar tecnicamente, em relação à transparência, investimentos, o que vai ficar para o nosso país, os benefícios que virão com isso. Agora levar para o presidente da República para ele decidir no momento adequado qual encaminhamento ele terá como presidente da nação”, afirmou.
Faria comentou a decisão anunciada ontem pelo Reino Unido de afastar a empresa asiática das redes da quinta geração de telefonia móvel e criminalizar quem comprar produtos da empresa. Na opinião do ministro, essa decisão extrapola o Ministério das Comunicações. “É muito maior que o ministério e eu já falei com o presidente que vou fazer o dever de casa e na hora certa vou conversar com ele para saber a posição dele para fazer meu trabalho”, adiantou.
Segundo o ministro, no atual momento, não será decidido nada a respeito, o que deverá ficar para o primeiro semestre de 2021, com o adiamento do leilão das frequências que era previsto para o final deste por causa da pandemia . “Acho um equívoco ficar antecipando o ideal”, afirmou.
Para o deputado licenciado do PSD do Rio Grande do Norte, o leilão do 5G é um dos maiores compromissos da pasta e já trata do tema juntamente com o Comitê Técnico que cuida do tema.
000 “Quando passar essa pandemia quero viajar e conhecer in loco os players importantes, nos países que têm as tecnologias que possam entrar no Brasil. É uma decisão do Estado, eu não tenho como ministro receber todos os candidatos, avaliar tecnicamente, em relação a transparência, investimentos, o que vai ficar para o país, os benefícios que virão com isso”, comentou.
INTERNET PARA 100% NO PÓS-PANDEMIA
Faria falou ainda como pretende enfrentar a desigualdade digital no país em razão dos dados que apontam 40 milhões de pessoas sem acesso a internet, número que corresponde a 20% dos brasileiros.
“A inclusão digital é um desafio da pasta. O presidente Bolsonaro me pediu para que a gente levasse a internet para 100% da população. Todos teriam que ter acesso depois da pandemia. Nós estamos fazendo tudo de casa, pelo zoom, pelo celular e imagina quem não tem isso. Eu não quero acabar meu papel como ministro sem entregar isso à população”, planejou.(Por Abnor Gondim)