Minicom quer apressar votação de PL que altera lei das antenas


O Ministro das Comunicações, Fábio Faria, manifestou nesta quinta, 6, o desejo do governo de apressar a votação de PL que altera a Lei das Antenas. “Vou falar com o [Arthur] Lira [presidente da Câmara dos Deputados] e pedir urgência nisso”, disse ele, durante o evento “Diálogos Conexis”. 

O projeto é o de número 8.518/2017, que modifica a Lei 13.116/2015, e já teve sua urgência aprovada pela Câmara dos Deputados, o que permite sua votação em plenário se colocada na ordem do dia. Apesar disso, o proposta está passando ainda pelas comissões da Casa. Hoje, 6, chegou à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde terá como relator o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), que já relatou o texto na CCTCI. 

PUBLICIDADE

O PL 8.518/2017 é de autoria do deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), mas é complementado por outro projeto mais recente, do deputado João Maia (PL-RN), o PL 4566/2019, elogiado por Faria. Um complementa o outro. O PL de Maia permite agilidade no processo de instalação de antenas, preserva a autonomia federativa dos municípios e dá segurança jurídica aos investimentos. Também diminui o prazo para licenciamento de antenas de celular, para o máximos de até 60 dias, contados da data de apresentação do requerimento. 

“Entretanto, grande parte das prefeituras, além de criar pesadas exigências burocráticas para a expedição do licenciamento das antenas, submete os requerimentos de instalação a análises demasiadamente morosas, cuja apreciação pode levar anos para ser processada em definitivo. Portanto, torna-se necessário o aperfeiçoamento da Lei atual, para estabelecer um caminho rápido – ‘Fast Track’ para agilizar os processos de licenciamento das antenas abrindo o espaço para que a internet móvel 5 G torne-se uma realidade no Brasil, a partir de 2021”, diz o texto. 

“Sendo assim, apresentamos este Projeto de Lei que tem o objetivo de instituir o ‘silêncio positivo’ no licenciamento de infraestrutura de telecomunicações – mecanismo por meio do qual as operadoras ficam autorizadas a proceder a instalação das infraestruturas de telecomunicações, nos termos de seu requerimento, se os prazos legalmente estabelecidos para que os órgãos públicos competentes se pronunciem sobre as licenças não forem cumpridos”, continua o texto. 

“Sem a Lei das Antenas não teríamos 5G”, reiterou Faria. Ele explicou que “90% das antenas para 5G podem ser caracterizadas como estruturas de pequeno porte, então será necessário autorização dos municípios para implantá-las. É quando a escala municipal terá que conversar com a escala federal.” 

Na abertura do evento, Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital, sindicato que que representa as operadoras Algar, Claro, Oi, Sercomtel, TIM e Vivo, apresentou em números a importância que setor teve no ano de 2020. 

“Investimos mais de R$ 30 bilhões em um ano de crise e aumentamos o número de funcionários”, falou. “Além disso, pagamos mais de R$ 70 bilhões de reais de impostos no ano passado”, concluiu, antes de dar início à rodada de perguntas com Fábio Faria.(Por José Norberto Flesch) 

 

Previous Woohoo comemora 15 anos com programação especial
Next Projeto Amazônia 4.0 quer manter riqueza na região com uso de blockchain

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *