Para o sócio da VianaTel, Fábio Vianna Coelho, são vários os fatores que explicam essa queda no número de outorgas e a saturação do mercado é um deles. O outro é a consolidação que vem ocorrendo nesse segmento, sem falar no altíssimo valor de investimento para entrantes e no movimento de regularização de provedores que funcionavam de forma irregular.
“Antes, comprar rádio para estruturar uma operação era muito mais acessível, o que não acontece agora com a fibra óptica”, disse Coelho. Ele afirma que o mercado mudou e não vê a possibilidade de retorno para o cenário antigo.
Mas afirma que o número de pedido de dispensa de outorga continua alto, era de 139 em janeiro de 2021, passou para 114 em janeiro do ano passado e atingiu 106 em janeiro deste ano. “Esse sistema é menos burocrático”, avalia Coelho.
Em 2021, levantamento da consultoria Futurion Análise Empresarial, em parceria com o Tele.Síntese sobre a oferta de serviços e a competição entre os operadores de SCM, já mostrava a presença de ISPs na quase totalidade dos municípios brasileiros. “Isso mostra o acirramento da competição entre os pequenos”, afirma Caio Bonilha, da Futurion.
Por outro lado, se o número de novas outorgas do SCM cai, o número de acessos dos ISPs está subindo. Em dezembro, juntos, os provedores detinham mais conexões que as grandes empresas.