O leilão do 5G acontece no dia 4 de novembro e, enquanto a oferta de interessados está grande, o governo precisa pensar também em um subsídio para a demanda à banda larga, seja móvel ou fixa. É o que apontou Artur Coimbra, Secretário de Telecomunicações Interino do Ministério das Comunicações, durante sua participação no Inovatic, nesta segunda, 25.
“Há uma preocupação do governo, hoje, com o lado da demanda. Há o lado da oferta, que é muito positivo, mas vamos começar a ver o lado da demanda, já que há uma limitação da demanda resultante da restrição de renda. Há famílias que talvez não tenham condições de ter acesso”, falou Coimbra.
“Então precisamos começar a construir e a pensar em um programa que estimule, incentive ou permita que essas famílias tenham efetivamente o acesso à internet. Somente dessa forma levaríamos a inclusão digital a todos os brasileiros”, disse.
Coimbra contou também que está nos planos do governo a inclusão de fibra óptica no programa Wi-Fi Brasil. “Já estamos discutindo isso. Há mais de 30 fundos interessados em investir no Brasil, e em provedores regionais”, comentou.
Postes
Para ele, o modelo ISP é tem se mostrado eficiente no Brasil. “Já fizemos programas voltados a esse grupo e foram bem sucedidos. Já existe um movimento forte de consolidação.”
Coimbra disse que, no entanto, ainda há muitos entraves. “O uso do poste é um deles. É um desafio de duas décadas, que não conseguiu ser superado e envolve muitos atores.”
Segundo o secretário do MCom, há na questão um conflito muito grande entre interesses públicos. “Essa falta de solução afeta o investimento e as empresas que querem agir corretamente”, finalizou.(Por José Norberto Flesch)