Fernanda Grolla*
Pode parecer um lugar comum, mas é absolutamente correto dizer que a pandemia tirou tudo do lugar em nossas vidas. Se, por um lado, estamos mais isolados e distantes uns dos outros (embora eu acredite que em breve viveremos uma retomada nas relações presenciais), hoje estamos mais conectados do que nunca. E, neste cenário, a comunicação se faz presente e crucial, sendo muitas vezes mais ágil do que o próprio Coronavírus.
Quem é responsável por gerir o marketing e a comunicação de uma empresa está bem habituado – ou ao menos deveria estar – ao ritmo acelerado das mudanças. Só que, por mais que houvesse um preparo prévio, uma senioridade, as transformações trazidas pela pandemia do coronavírus foram rápidas demais. Num piscar de olhos, a publicidade, que antes monopolizava os nossos investimentos, perdeu espaço para as repercussões positivas dos nossos posicionamentos orgânicos, oportunamente apoiados em uma comunicação corporativa estruturada. Quem soube surfar a onda entendeu que a hora, agora, é de estreitar relacionamentos, para afastar de vez qualquer risco de uma crise de imagem.
Mais do que nunca, precisamos pensar a longo prazo em estratégias assertivas, que tenham como consequência a fidelização do nosso público, sem deixar de lado os nossos interesses e compromissos comerciais. É necessário se reinventar a cada dia para se destacar em meio aos nossos concorrentes, seja no atendimento aos Clientes, seja nas oportunidades de imprensa. Por sinal, tenho o entendimento que a pandemia transformou significativamente a relação entre os profissionais da imprensa e os assessores de imprensa. Agora, mais do que colegas de profissão, eles se tornaram parceiros de jornada, em colaboração estreita para levar ao nosso público e à sociedade em geral as aplicabilidades das nossas tecnologias, e como elas fazem a diferença nas vidas de todos.
Para ter sucesso nesta missão, precisamos ir além do que está em nosso job description. Precisamos, como profissionais de marketing, atuar na esfera consultiva, construindo uma relação de parceria com os colegas que pensam as estratégias internamente, e sobretudo com os jornalistas que estão nas redações. Quem está atento a esta nova realidade tem mais facilidade para adotar estratégias inovadoras, obtendo mais sucesso em seus processos de comunicação.
Entender o que chamamos de “comunicação 360°”, ou seja, o alinhamento e a integração das estratégias de marketing digital, redes sociais, assessoria de imprensa e relações públicas, também mostrou-se positiva durante a pandemia para a manutenção da relevância e a geração de melhores resultados, seja com os Clientes, seja com o público em geral. Essa união, que até pouco tempo era classificada como impossível pelos mais céticos, mostrou-se efetiva para os resultados da Neo, principalmente neste momento de uso intenso da tecnologia e de profunda transformação digital.
Por fim, também é importante destacar que a capacidade que temos em ouvir os nossos públicos e ter empatia por suas necessidades se fez e ainda se fará necessário, já que estamos vivenciando uma era na qual as pessoas são cada vez mais ouvidas. Não tenho dúvidas que a comunicação estratégica, turbinada por uma boa estratégia de marketing, também será uma aliada essencial na recuperação das organizações pós-Covid-19, mostrando como as empresas vão se reerguer na retomada das atividades de forma inovadora.
* Diretora comercial e de marketing da Neo
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