Uma delas envolve a XP Serviços de Comunicação, que adquiriu 13 lotes no interior de São Paulo, ao custo total de R$ 1 milhão, mas desistiu por falta de “equipamentos para operacionalização, já que poucos fornecedores ofertam equipamentos homologados pela Anatel e ainda da inexistência de mercado consumidor relevante para o serviço, visto que faixa de frequências na atual situação do mercado não garante velocidades competitivas”.
Situação semelhante viveu a Heptanet Consultoria e Internet, que também renunciou aos três lotes que adquiriu no interior da Bahia, pelo valor de R$ 22 mil. O ISP nem chegou a usar as frequências.
O mesmo se deu com a Interpira Telecom, que arrematou oito lotes no interior de Minas Gerais, no leilão de sobras, mas desistiu depois de procurar “no mercado equipamentos homologados que fossem compatíveis tecnicamente com a operação planejada a ser montada com os lotes adjudicados, mas infelizmente não encontrou nenhum que fosse viável financeiramente para a prestação do serviço”.
Para o ISP, os equipamentos encontrados não contribuíam para a saúde financeira do provedor, que já tinha se comprometido com gastos acima de R$ 80 mil, referentes às frequências. Outros processos semelhantes ainda tramitam na Anatel.
Os ISPs, entretanto, não ficaram parados. Investiram em fibra óptica e hoje dispõem de redes de qualidade, capazes de atender os anseios de seus assinantes.