A Unifique fechou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 32,9 milhões, que representa alta de 76,2% em relação a igual período do ano passado. A receita líquida subiu 71,5% para R$ 153,9 milhões no mesmo tipo de comparação e a margem Ebitda ajustada ficou em 50,7%.
No final de março, a companhia contava com 511,5 mil acessos, 194 mil a mais que no mesmo mês de 2021. A dívida líquida, por sua vez, estava em R$ 150,4 milhões negativos, em função de um caixa de R$ 635,6 milhões anotados em março deste ano.
O número de domicílios passados ficou em 1,7 milhão até março deste ano ante 974,1 mil em março de 2021, com alta de 78,8%.
“Mais um trimestre que conseguimos honrar o compromisso que assumimos no IPO com nossos investidores”, afirmou José Wilson de Souza Junior, diretor financeiro da Unifique. Segundo ele, as aquisições de 11 ISPs, nos últimos 12 meses, foram desafiadoras, mas a empresa tem sido eficiente em manter a rentabilidade.
Diante desse resultado financeiro positivo, a assembleia geral de acionista aprovou o pagamento de R$ 30 milhões de dividendos, que a empresa tem prazo para distribuir até dezembro deste ano. “mas, até agora, nada foi distribuído”. afirmou Souza Júnior.
Ao resultado positivo, a Unifique soma R$ 150 milhões em debêntures incentivadas, cujo lançamento foi aprovado pelo Ministério das Comunicações recentemente. “Como estávamos com toda a documentação preparada, conseguimos emitir os papéis nesta terça-feira, 10, em parceria com o Itaú BBA e com liquidação prevista para 17 deste mês, podendo escorregar para o dia 18”, disse Souza Júnior.
– A princípio, esses recursos serão aplicados no 5G quanto para ampliação da atuação no Rio Grande do Sul. Mas trazendo R$ 150 milhões para dentro de casa e da forma como estou eficiente no meu caixa, me dá condições de antecipar pagamento de dívidas mais caras, dando condições financeiras ainda melhores à companhia”, disse.
Aquisições
Segundo o diretor Financeiro da Unifique, a empresa continua interessada no crescimento inorgânico, mas em outras bases do que as que foram praticadas no ano passado. “Diante do cenário econômico atual, a gente ficou muito mais criterioso nas bases das aquisições porque não dá para manter as mesmas condições do ano passado”, afirma.
Silva Júnior disse que há negócios em análise, mas com múltiplos menores e com a indexação de parcelas ao IPCA e não mais ao CDI, “E não dá para pagar aquilo que se pagava em 2021”, disse.
A meta inicial da Unifique era de fechar o ano com mais 200 mil acessos orgânicos e 200 mil acessos inorgânicos, “porém o desafio ficou maior, especialmente em negócios de aquisições”, disse. O foco da empresa continua em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
5G
A Unifique está em negociação com fabricantes para definir o core da rede 5G, que terá de ser implantada nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As análises estão sendo feitas com equipamentos da Nokia, ZTE e Huawei. “Assim que tivermos uma decisão, poderemos fazer testes com a nova tecnologia ainda neste ano”, disse.
Os recursos para o 5G virão, basicamente, do caixa da companhia, fortalecido com os recursos captados com as debêntures.