Além das redes de fibras, a LinkaBr também montou um Ponto de Troca de Tráfego (PTT) privado em Feira de Santana, cidade que concentra a maior parte do tráfego da Bahia, em função de sua localização no centro do estado. Leite disse que 20 provedores que têm Sistemas Autônomos – rede ou redes conectadas por Protocolo Internet sob gestão comum, com a mesma política de roteamento – já estão no PTT, onde fazem troca multilateral de tráfego. O PTT se conecta a outros PTTs e já abriga alguns CDNs de provedores de conteúdo.
Ao apresentar o case da LinkaBr durante o Encontro Provedores Regionais Salvador, realizado na terça-feira, 25, na capital baiana pela Bit Social, Leite usou o exemplo para outros provedores criarem arranjos semelhantes para se fortalecerem e profissionalizarem suas empresas. O diretor da SPE explicou que a iniciativa não está aberta a novos sócios, mas está aberta a parcerias em diversas modalidades: swap de fibra, troca de capacidade, proteção de redes e mesmo construção de redes com custos compartilhados.
Os trechos já em operação da LinkaBr é o que liga Feira de Santana a Salvador, realizado com swap de fibra com outros parceiros, e o que vai de Feira de Santana a Santo Antônio de Jesus. Na avaliação de Leite, o caminho para o crescimento dos provedores regionais são as parcerias e compartilhamento de rede.
De baiano para baiano
Durante os debates do Encontro Provedores Regionais Salvador, o diretor da LinkaBr reivindicou à Secretaria de Ciência e Tecnologia do estado da Bahia, que vai construir uma rede no interior para interligar em alta velocidade as cem principais cidades, que o projeto seja feito em parceria com os provedores regionais. De acordo com Grinaldo Oliveira, coordenador de infraestrutura de TI da secretaria, o objetivo é usar a infraestrutura da Chesf e colocar POPs em 24 cidades, cobrindo todas as regiões do estado.
A partir dessas cidades, a rede será capilarizada para as demais. No entanto, segundo Oliveira, ainda não está definido qual será o modelo. Há intenção em usar a parceria de provedores regionais. Mas para isso, alertou o diretor da LinkaBr, é preciso que a modelagem da parceria leve em conta o tamanho dos provedores regionais e sua capacidade de investimento. “Uma licitação única para todo o estado inviabiliza nossa participação. O ideal é que o estado fosse dividido em lotes, por exemplo, dez. Nós somos baianos, criamos empregos aqui. De baiano para baiano”, sugeriu ele ao representante da Secretaria de S&T.