Por Rafael Justino
Vivemos em uma era digital em constante e rápida evolução, onde novas oportunidades de negócios e de receitas surgem frequentemente. Para Provedores de Serviços de Internet (ISPs), é fundamental não apenas acompanhar essas tendências, mas aproveitá-las, reimaginando seus modelos de negócios para descobrir novas fontes de receita.
Os ISPs, tradicionalmente, geram receita fornecendo acesso à internet, exercendo uma função primordial em sociedade. No entanto, conforme a indústria avança, muitos estão olhando além desse modelo básico, diversificando seus serviços e explorando novas áreas. Pensemos nos serviços de streaming, por exemplo. Algumas empresas estão saindo de seus papéis de rotina como ISPs para servir também como plataformas de streaming, capitalizando sobre o crescente apetite dos consumidores por conteúdo on-demand.
Outra área em expansão é a segurança cibernética. Com o aumento dos ataques cibernéticos, os consumidores estão cada vez mais conscientes da necessidade de proteger suas redes domésticas e dispositivos conectados. ISPs estão em uma posição única para atender a essa demanda, oferecendo serviços de segurança aos seus clientes. Hoje, sem dúvidas, a cibersegurança é uma questão de teor obrigatório para provedores brasileiros.
Não podemos deixar de citar também o crescente interesse pelos serviços de computação em nuvem. Alguns ISPs no mercado já expandiram seus negócios para esse mercado, oferecendo plataformas e serviços de infraestrutura que atendem empresas de todos os tamanhos. Além disso, muitos provedores estão estabelecendo parcerias estratégicas, aliando-se a gigantes da tecnologia ou a novas startups para ampliar suas ofertas de serviços. As possibilidades são numerosas e bastante atrativas.
Colhendo benefícios
Claro, a diversificação traz seus desafios. Manter a qualidade de serviço enquanto adiciona novas ofertas é um equilíbrio delicado. Por outro lado, os ISPs precisam adaptar suas equipes e infraestrutura para suportar esses novos serviços. A formação de parcerias pode ser complicada, exigindo negociações cuidadosas para garantir um acordo mutuamente benéfico.
No entanto, os benefícios superam os desafios. Somada à geração de novas fontes de receita, a diversificação permite que os ISPs estabeleçam relações mais estreitas com os clientes, aumentem a retenção e se tornem mais resilientes em face de mudanças no setor. Em um mercado extremamente dinâmico, com usuários conscientes do que há de mais transformador no setor, esse é um trunfo comercial inegável.
A diversificação, por fim, é mais do que apenas uma tendência para os ISPs; é uma necessidade estratégica. Ao se adaptarem e evoluírem, os provedores terão condições de encontrar novas maneiras de prosperar na era digital, colocando o portfólio em sintonia com tendências e novidades que agregam valor ao negócio, servindo de respaldo para todos os objetivos de crescimento e prospecção.
*Rafael Justino é Gerente de Operações e Negócios na MK Solutions.