Para Jony Cruz, o cargo é de muita responsabilidade e ele promete trabalhar de forma coordenada com a representante da Abrint, levando sempre ao debate a posição da maioria dos líderes do setor. Além disso, quer priorizar pautas que tragam benefícios para os usuários dos serviços. “Nossa diferenciação é exatamente esta, estamos sempre preocupados com a satisfação dos nossos clientes”, afirma.
Temas como simplificação de MVNO, regulamentação de uso secundário de frequência, aluguel de postes e uso da faixa de 6 GHz para o Wi-Fi 6E também devem frequentar a pauta do colegiado, que tem representantes da sociedade, Congresso Nacional e Executivo. “Tudo isso facilitará a inclusão digital, que tem sido levada adiante pela ação dos ISPs”, afirma Cruz. Ele adianta que será o porta-voz do setor no colegiado.
Segundo o vice-presidente da Abramulti, as indicações de representantes de provedores para o Conselho Consultivo e o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) são resultados da força do setor, que ficou às claras durante esse período da pandemia do coronavírus. “Em uma semana, conseguimos mobilizar empresas de todos os rincões do país para conectar perto de 30 mil unidades de saúde”, disse.
Além disso, a dianteira do número de acessos de banda larga conquistada pelo conjunto de provedores chamou a atenção do governo e de investidores para o setor que não para de crescer, avalia Cruz. “Agora temos que provar economicamente e tecnicamente que o que não faz sentido para as grandes teles, como conectar localidades com mil, dois mil habitantes, faz diferença para nós”, ressalta Cruz.
Natural do município de Sete Lagoas, em Minas Gerais, Jony Cruz conta que entrou para o setor como instalador de rede. A evolução natural, de abertura de um ISP foi consequência da falta de opção de conexão. Sua empresa cresceu e hoje está próxima de concluir uma fusão com outras cinco do estado, para se tornar uma força maior, com mais de 150 mil assinantes. “As tratativas já estão sendo concluídas e devemos anunciar em breve”, disse.