Com dez anos de atuação no mercado baiano corporativo, a ITS Brasil decidiu expandir sua atuação para além da região metropolitana de Salvador, onde já atende a 1.700 empresas de vários segmentos de mercado. Os 600 quilômetros de rede com transmissão em DWDM vão ser ampliados para mais de 800 para chegar ao polo de Ilhéus. Os planos incluem chegar também a Itabuna e Vitória da Conquista. Mas ela não vai desviar de seu foco. “Vamos continuar concentrados no mercado corporativo”, relata Daniel Landim, diretor comercial e sócio da empresa, administrador de empresa de formação e empreendedor por vocação que há 20 anos atua no mercado de telecom. “Comecei na época do acesso discado e com o rádio”, conta ele.
A escolha do mercado corporativo veio da constatação de que as grandes operadoras nunca deram no passado — e não dão no presente — a devida atenção a esses clientes. “O que elas querem é volume de clientes para apresentar nos seus balanços, na bolsa. E volume de clientes quem dá é o mercado residencial”, diz Landim. Além de o cliente corporativo não ser bem atendido, seu valor agregado é muito superior ao do cliente residencial. Razão mais do que suficiente para a ITS investir em uma equipe de suporte qualificada, que inclui seis técnicos em rede de telecomunicações, resolver no prazo de até 48 horas as demandas do cliente e fazer as instalações de novos links em 20 dias contra 120 dias das grandes operadoras.
Os resultados demonstram que a estratégia estava certa. O diretor da ITS não revela números de faturamento, mas diz que as receitas crescem a taxas de 40%, independentemente da economia. “A demanda está aí. As empresas precisam da comunicação”, informa. O cardápio da ITS, além de links dedicados e interligação de filiais, inclui o de colocation no data center. Mas Valim adianta que a empresa está providenciando a licença junto à Anatel para oferecer o serviço de voz (STFC).
Segundo Landim, o sucesso da ITS, que tem a maioria de seus clientes em Camaçari, Simão Filho e Alagoinhas, se deve a sempre ter apostado na qualidade do serviço vendido. “Nunca vendemos preço”, assegura ele. Para manter a qualidade do serviço, a empresa vem investindo, desde 2018, R$ 15 milhões ao ano, conta com um moderno data center em sua sede administrativa em Salvador e, desde o final do ano passado, passou a investir em interconexões no exterior (Amsterdã e Miami), para tornar mais rápido o acesso do cliente a determinadas bases de dados. Um dos casos citados por Landim é o da rede IberoStar cuja sede fica na Espanha, onde estão os servidores da cadeia hoteleira.
Hoje, a ITS, que tem uma rede com capacidade de 400 Gbps, compra links da Oi, Telxius e CenturyLink e faz interconexão, no Brasil, nos PTTs de São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul e Fortaleza. Mas no futuro, acredita Valim, a tendência é não haver mais necessidade de comprar capacidade de outras grandes operadoras. “O que vai ter é só interconexão, troca de tráfego”, aposta ele.
No Comment