Além de liderar o mercado de banda larga fixa residencial, com 44% de market share, os provedores regionais juntos também estão na frente no mercado corporativo, com 41% das conexões, como aponta o estudo elaborado pela Teleco e divulgado nesta terça-feira, 31. Segundo o consultor Eduardo Tude, de 2017 até maio deste ano, os ISPs somaram mais de 10 milhões de assinantes, enquanto as grandes operadoras perderam clientes. “O crescimento anual das competitivas ficou em 7,5% ao ano”, sustentou.
Durante a apresentação do estudo, no Simpósio da TelComp, Tude ressaltou que 63% dos acessos de fibra óptica no país são oferecidos pelos provedores regionais e que 73% das conexões deles têm velocidades acima de 34 Mbps. As redes de fibra óptica dos ISPs estão presentes onde moram 92,3% da população brasileira, ou seja, em 4,1 mil municípios.
O levantamento mostra também que as competitivas lideram o mercado de banda larga fixa em 84% dos municípios e a receita líquida das empresas deve ultrapassar o montante de R$ 20 bilhões em 2021. Em 2020, a receita bruta chegou a R$ 23,5 bilhões, o que representa 0,3% do PIB, gerando 13,4 mil empregos diretos.
Segundo o estudo, são mais de 20 mil ISPs no Brasil, mas apenas 6,5 mil reportaram dados à Anatel em maio deste ano. Atualmente, 398 competitivas atendem apenas o mercado B2B. Para Tude, se tiverem acesso a frequências, via mercado secundário ou compra a preços competitivos, os provedores têm capacidade de repetir a revolução no serviço móvel
Debates
Depois da apresentação do estudo, empresários, políticos e executivos discutiram os principais problemas do setor e a carga tributária alta foi a principal vilã apontada para barrar o número de acessos vendidos. Além do ICMS, problemas como a formatação do Simples Nacional é vista como um problema pelos empresários do setor.
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