Porém, muitos provedores regionais de acesso à internet ainda não despertaram para o fato de que o esgotamento do IPv4 foi oficialmente anunciado, em fevereiro, pelo Registro de Endereços da Internet para a América Latina e o Caribe (Lacnic) e pelo Registro.br. Hoje, já está em vigor a determinação de que apenas as novas empresas que não receberam nenhuma alocação prévia poderão solicitar, apenas uma vez, uma alocação de tamanho máximo /22 e mínimo de /24.
Pioneira na transição para o IPv6, a FasterNet, provedor sediado em Cerquilho, cidade do interior do estado de São Paulo, mostra o caminho das pedras. A empresa começou a adotar o novo protocolo em 2013, o mesmo ano em que a substituição do IPv4 começou a ser difundida. Atendendo Ceará e São Paulo, predominantemente com clientes residenciais, a FasterNet tem mais de 70% de sua rede em IPv6. “Nós começamos com o núcleo da rede para depois chegar aos clientes. Hoje, nosso anel de fibra óptica é todo em IPv6”, conta o diretor de Operações Evandro Varonil.
Todo cliente novo, em conexões por fibra ou por rádio, já é conectado em IPv6. E a empresa também está utilizando IPv6 para fazer conexões com outros provedores da região. O grande desafio no momento, relata Varonil, são os equipamentos da ponta. “Nosso departamento de compras não adquire nenhum equipamento que não suporte IPv6. Mas é uma dificuldade. Os fornecedores ainda não estão preparados. Mesmo empresas consolidadas no mercado estão precisando fazer adaptações”.
O NIC.br vem dando todo o apoio no esclarecimento de questões técnicas para a migração. Para se aprofundar nesse tema, consulte a página do IPv6 ou mande e-mail para ipv6@nic.br.