Por Sidnei Bunde*
A inovação é uma necessidade, independentemente das condições. Sempre há oportunidades para quem pensa e age da maneira mais assertiva. Hoje, as consequências da pandemia do coronavírus sobre a nossa sociedade e o mercado parecem ser impossíveis de se prever. Há uma incerteza significativa e uma lista de questões de curto prazo a serem abordadas. Mas isso não quer dizer que não seja o momento de pensar no futuro. Toda essa insegurança torna ainda mais importante identificar o que virá a seguir. Lentes e estruturas certas podem ajudar líderes de negócios a enfrentar a crise e encontrar oportunidades para inovar, crescer e agregar valor ao mercado.
Para trilhar o caminho mais curto e assertivo em direção a esta necessária reinvenção, a Supero Tecnologia contará com o apoio da Consultoria Gartner, ao menos nos próximos dois anos, para tomar as melhores decisões todos os dias para o próprio negócio e os de seus clientes. Com auxílio da Gartner, buscará entregar ao mercado soluções diferenciadas para que empresas possam superar esse momento desafiador e crescer de forma sustentada.
Diferentes negócios vêm sendo afetados de maneira distinta pelo coronavírus. Mas o sucesso de todos eles, em várias dimensões, está diretamente relacionado à competência em tecnologia. Por isso, a crise atual tende a acelerar a adoção de uma cultura de transformação digital em muitas organizações. Recentemente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa que mostra que a inovação será decisiva para acelerar a retomada da atividade e do crescimento da economia do Brasil. Entre as mais de 400 empresas ouvidas, 83% afirmam que precisarão de mais inovação para crescer, ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia. Quem não inova não obtém vantagens e corre o risco de diminuir a relevância, na melhor das hipóteses.
Quando se fala em transformação digital, a digitalização é apenas a primeira parte. É um processo que vai muito além de fazer sistemas e informatizar. Significa se transformar, se reinventar, adaptar-se. Entender as necessidades do cliente é o primeiro passo para uma companhia se transformar digitalmente. É preciso saber como o cliente se sente sendo atendido pela empresa ou que tipo de tecnologia os representantes gostariam de usar. Isso é a transformação. Num contexto pós-pandemia, para que ela aconteça será preciso desenvolver novas tecnologias, conceitos e adotar novas culturas e métodos. Com ajuda da Gartner, pretendemos encontrar respostas para todos estes aspectos.
Pistas sobre o novo mundo
Na condição de fornecedora de soluções sob medida em Tecnologia da Informação, a Supero quer ser protagonista desse processo de reinvenção. Identificar quais mudanças vieram para ficar é parte fundamental dessa jornada. Para ajudar os clientes a crescerem e se adaptar ao novo mundo que se desenha, é preciso entender que mundo será esse.
A turbulência da Covid-19 já catalisou tendências pré-existentes em torno da adoção de plataformas e serviços digitais, para conectar gestores e funcionários, clientes e vendedores. Também jogou luz sobre a importância da ciência de dados, da extração de conhecimento, detecção de padrões e obtenção de insights para possíveis tomadas de decisão. Hoje, as companhias geram muitos dados e trabalham pouco com a informação que, se bem utilizada, pode trazer grandes resultados. Em um momento em que a sociedade passa por grandes transformações, o uso inteligente desses elementos é um aliado para a gestão estratégica, resolução de problemas e melhoria de projetos em andamento. A aplicação de data science de forma estratégica pode ajudar a superar a crise.
Ao longo desses cinco primeiros meses de pandemia também já é possível ver que algumas empresas têm conseguido adaptar processos e manter-se firmes em meio à tempestade. Certamente, as práticas de gestão e a cultura da empresa fazem diferença neste momento. Aquelas que já eram adeptas às metodologias ágeis e do lean thinking saíram em vantagem.
Ser ágil não significa fazer as coisas de forma mais rápida, mas se adaptar mais rápido às mudanças necessárias para uma entrega final de mais qualidade. Em uma empresa ágil, a confiança é o alicerce que sustenta o negócio. Existe a confiança que os colaboradores irão continuar desempenhando suas funções, independente de onde estejam, e existem métodos para manter a motivação, integração das equipes e verificar os resultados. Do mesmo modo, as organizações que já têm em sua cultura o lean thinking, filosofia de gestão que leva em conta cinco princípios – definir valor, mapear o fluxo de valor, criar um fluxo contínuo, organizar um fluxo puxado e buscar a perfeição – também estão se adaptando melhor ao cenário atual. As filosofias lean e agile se complementam e, ao unir os valores e princípios que são mais adequados para cada empresa, o benefício é muito maior.
Por fim, há uma convicção que não é só minha: os negócios e as operações não vão voltar a ser como eram antes da pandemia. Diante disso, veja seus processos com novos olhos, experimente mudanças. Cabe a nós, lideranças, aprendermos a trabalhar e a fazer negócios de outras maneiras e sermos os protagonistas dessa reinvenção.
* cofundador e CEO da Supero Tecnologia