A equipe “Priceless Brain”, que integra o CubeSat Design Team do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, conquistou o primeiro lugar na Olimpíada Brasileira de Satélites – OBSAT, promovida pelo MCTI Após quatro etapas e mais de dois anos de projeto, os “cérebros inestimáveis” realizaram um feito histórico e se tornam a primeira equipe de graduação, bem como o Inatel a única instituição Mineira do país, a receber o título de melhor satélite e missão satelital brasileira.
O time é formado por Matheus Reno Torres e Arielli Ajudarte da Conceição, ambos do curso de Engenharia de Telecomunicações, sob orientação do professor Evandro César Villas Boas. A aluna explica que o protótipo passou por mudanças de estrutura e de programação. “O CubeSats foi produzido em alumínio aeronáutico, com novos encaixes, um novo circuito e transmissor, com placas do módulo sensorial das mais modernas, além da inserção de um GPS e uma antena de material retrátil”, enfatiza Arielli Ajudarte.
O projeto do Inatel propõe conectividade via IoT em áreas remotas. Ou seja, um estudo de dados que busca compreender as conexões baseadas em nanossatélites, voltado a grandes distâncias territoriais. “Com um módulo IOT em uma fazenda, seja ela sem conexão wi-fi ou sinal de celular, é possível captar os dados de umidade e temperatura do solo, por exemplo, ao conectar esses módulos inteligentes a um módulo que possui internet”, esclarece a pesquisadora. A ideia é utilizar o CubeSat para retransmitir os dados de um medidor posicionado em um lugar remoto para um lugar com conexão. A proposta
A etapa nacional continua em andamento, até o dia oito de dezembro de 2023, em Natal, no Rio Grande do Norte. A equipe “Priceless Brain”, será a única a lançar um satélite acoplado a um foguete, que seguirá um voo suborbital. O foguete alcançará uma altitude máxima e, depois, os satélites retornarão em queda livre à Terra.
A Olimpíada
Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a OBSAT propõe a construção de pequenos satélites, nominados CubeSats, que podem ser lançados na órbita da terra. Os avanços da ciência e da tecnologia viabilizam esses projetos de satélites de pequeno porte, uma construção multidisciplinar que visa promover experiências teóricas e práticas aos competidores. Os CubeSats executam missões reais e, geralmente, são utilizados para pesquisas espaciais e em Telecomunicações.
A ação tem uma abrangência nacional e conta ainda com palestras e discussões a respeito do que há de mais atual no mundo, quanto às pesquisas e projetos para o sistema satelital. Cada projeto inscrito na Olimpíada possui uma missão de monitoramento que, além de propor a solução de problemas reais, ainda precisam atender diversos protocolos, a fim de difundir a cultura aeroespacial. Na primeira etapa da competição, em 2021, os estudantes apresentaram o planejamento da prova de conceito à organização do evento. Em sequência, entre os anos de 2021 e 2023, os protótipos foram construídos e lançados na estratosfera (altitude de até 22 km). Já a atual e última etapa prevê o lançamento do melhor satélite da competição em um foguete.