Inatel e RNP iniciam pesquisas da 6G


Junto à Rede Nacional de Pesquisa (RNP), a Inatel está liderando o projeto pioneiro Brasil 6G, que conta com a participação de várias instituições de ensino e pesquisa nacionais e tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O projeto é dividido em várias frentes de pesquisa.  

“O Brasil 6G é um projeto nacional, que extrapolou as fronteiras do campus do Inatel e hoje acontece de forma distribuída em diversas outras instituições. Universidades federais do Pará, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina, além da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), integram o grupo, que tem ainda a colaboração de universidades estrangeiras como a de Oulu, na Finlândia”, comenta o coordenador de Pesquisa do Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR), professor Luciano Leonel Mendes. 

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No Inatel, além dos pesquisadores do CRR, que teve seu time reformulado para esse novo projeto, todos os docentes estão atuando de forma direta ou indireta nas pesquisas sobre 6G, de acordo com o professor. “Dividimos as frentes de pesquisa em várias ramificações porque o projeto prevê várias aplicações diferentes. Temos frentes voltadas para o uso de Inteligência Artificial e Sistemas de Comunicação, Inovações em RF e Comunicações Ópticas, Casos de uso e Requisitos, Arquitetura, Segurança e Sustentabilidade de Rede e Comunicação. Temos também a parte voltada para Posicionamento, Imagem, Sensoriamento e Mapeamento de Alta Definição”, explica o professor. 

Ele destaca também que embora seja uma continuidade das pesquisas sobre 5G, o novo projeto tem uma vertente muito mais inovadora, pois engloba estudos para uma rede que ainda não existe e tem uma série de aplicações bastante futuristas. “É um trabalho bem diferente, muito mais amplo e desafiador. Quando você olha para as aplicações da rede 5G, são coisas para as quais já existiam demanda. Aplicações que exigiam alta vazão de dados ou baixa latência. Mas era uma coisa ou outra. Já na Rede 6G será preciso prover esses requisitos extremos ao mesmo tempo. Para isso, a forma convencional de se pensar em uma rede não pode continuar existindo”, esclarece. 

De acordo com Rubens Caetano de Souza, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, o Brasil 6G é um projeto pioneiro que pode colocar o Brasil na vanguarda da tomada de decisões sobre a 6ª geração de comunicações móveis. “Esse projeto vai colocar o Brasil frente a frente com os principais países que desenvolvem essa tecnologia, fazendo com que possamos trazer requisitos específicos da nossa nação, de acordo com nossas necessidades, sejam elas econômicas, socioambientais e educacionais. Teremos a possibilidade de estar nas mesas de discussões e definições junto com pesquisadores do mundo todo”, pontuou.  

Segundo Mendes, a nova rede vai fazer uma integração do mundo real com o mundo virtual e uma sobreposição, uma interligação dessas diferentes realidades dando para as pessoas uma espécie de sexto sentido. “É como se a pessoa tivesse uma presença única nesses vários ambientes. Vamos interagir com as coisas de forma muito mais natural, mais intuitiva. O smartphone vai ser coisa do passado”, explica o professor.(Com assessoria de imprensa) 

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