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Impactos do Open Banking, pagamentos instantâneos e LGPD no mercado de crédito

Em evolução, o mercado de crédito no Brasil, ainda marcado pelas altas taxas cobradas pelas instituições financeiras e pela concentração bancária, chega a 2020 com potencial para ampliar seu tamanho. Tudo com base em tecnologia e banda larga.

O cenário cada vez mais competitivo, com maior oferta de produtos e serviços e, consequentemente, custos mais baixos para o consumidor, deve se beneficiar de 5 ações neste ano: Open Banking, entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), lançamento do sistema de pagamentos instantâneos, consolidação do Cadastro Positivo e a perspectiva de que a taxa básica de juros (Selic) se mantenha baixa por um longo período.

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Na visão da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital), as iniciativas vão contribuir para que o mercado de crédito tenha substancial avanço no país. “Nossa expectativa é que, nos próximos anos, esse mercado seja 20 vezes maior do que é hoje, utilizando cada vez mais tecnologia na avaliação de risco e na melhoria da experiência do cliente”, afirma Rafael Pereira, presidente da entidade, que explica ponto a ponto como as iniciativas vão movimentar o setor.

A ideia central é que os dados bancários pertencem aos clientes, e não aos bancos, e assim podem ser compartilhados com outras empresas, como as fintechs, sem comprometer a privacidade e a segurança dos cidadãos. “O correntista poderá manter sua conta no banco do qual já é cliente, mas optar pelo cartão de crédito de outra instituição, por exemplo, ou buscar financiamento junto a quem oferecer as melhores taxas, ou ainda usar os serviços de um terceiro para análise de sua movimentação financeira e auxílio na programação das datas de compras, pagamentos ou aplicações”, detalha.

Com a entrada em funcionamento do sistema, deve haver a substituição do dinheiro e dos cartões (de crédito ou débito) pelos dispositivos eletrônicos, com destaque para o smartphone, para efetuar pagamentos. As transações serão concretizadas pela internet e com o auxílio de recursos como o QR Code, que pode ser usado, por exemplo, para identificar o pagador.

“As fintechs poderão explorar um mercado promissor. Os consumidores farão os pagamentos de forma rápida e barata, enquanto os comerciantes poderão reduzir custos. Todo mundo vai ganhar. O sistema de pagamentos instantâneos dispensa o uso das maquininhas, e o vendedor recebe na hora, pois o valor da compra entrará na conta em tempo real”, explica Pereira.

 

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